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Restrição à comunicação abre porta para zebras, diz Wolff

Segundo chefe da Mercedes, restrições à comunicação via rádio poderá aumentar a tensão de pilotos e permitir vitórias de equipes mais fracas

Ferrari team members on the pit wall
Toto Wolff, Mercedes AMG F1 Shareholder and Executive Director with Gary Paffett, Williams Test Driver
Jolyon Palmer, Renault Sport F1 Team RS16
Jenson Button, McLaren MP4-31
Jolyon Palmer, Renault Sport F1 Team RS16
Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso STR11
Marcus Ericsson, Sauber C35
Nico Rosberg, Mercedes AMG F1 W07 Hybrid
Nico Rosberg, Mercedes AMG F1 W07 Hybrid
Jolyon Palmer, Renault Sport F1 Team RS16
Williams personnel
(L to R): Carlos Sainz, with his son Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso
Jolyon Palmer, Renault Sport F1 Team RS16
Marcus Ericsson, Sauber C35 practices a pit stop
Sebastian Vettel, Ferrari SF16-H

Como parte do esforço do esporte para aumentar a importância dos pilotos, a FIA está impondo restrições muito mais rigorosas do que as equipes podem dizer ao competidores enquanto eles estão na pista.

Se fala em uma aplicação mais rigorosa do artigo 20.1 do Regulamento Esportivo da F1, que afirma: "O piloto deve guiar o carro sozinho e sem ajuda."

Mais erros

Enquanto as mensagens ainda são permitidas para assuntos de segurança, uma das maiores diferenças em relação a 2015 é que deixará de ser permitido o feedback constante sobre o desgaste de pneus, consumo de combustível e configurações do motor.

E como essas áreas são tão importantes para o resultado das corridas, Toto Wolff, chefe da Mercedes, pensa que é provável que os pilotos cometerão erros, o que poderia aumentar a probabilidade de zebras.

"Isso vai gerar mais erros e, portanto, maior variabilidade de resultados, o que é importante para o esporte", disse Wolff, quando perguntado pelo Motorsport.com sobre o impacto das restrições no rádio.

"As pessoas gostam de ver zebras acontecerem. Elas ficam entediadas com um carro dominante."

"Tenho que dizer isso com cuidado porque o orgulho antecede a queda. Não estou dizendo que seremos dominantes de novo, mas estou falando que os fãs gostam quando uma zebra vence ou quando ocorre um resultado diferente."

"É por isso que assistimos um jogo de futebol. Existe um número mais variado de campeões do mundo na F1 do que no campeonato inglês, mas a possibilidade de zebras ou resultados anormais é sempre maior a cada semana no futebol."

"É Isso o que estes novos regulamentos poderiam causar."

Tensão na Mercedes

A inabilidade de uma equipe de influenciar pilotos nas configurações do motor poderia ser problemática para times que possuem intensa rivalidade interna. Poderia haver a tentação de um deles executar uma configuração mais agressiva ou mais conservadora.

A Mercedes sempre foi conhecida por executar os mapas de maneira rigorosa para Lewis Hamilton e Nico Rosberg, algo que ficará mais difícil por causa da novidade.

"Se um piloto tiver que julgar por si mesmo, logo, teremos diferentes estratégias, utilizando diferentes modos de energia em diferentes fases da corrida."

Ele acrescentou: "o planejamento antes da corrida será maior. O piloto terá que ser mais inteligente para lembrar de fazer a coisa certa no momento certo, em termos de desenvolvimento do motor e poupar energia."

"E também em termos de estratégias de pneus, pit stops, de julgar onde você está na corrida. É quase como cortar a transmissão de rádio entre o pit wall e o carro. É um pouco semelhante à MotoGP."

Sem controle remoto

Embora aumentando a probabilidade de erros, Wolff acredita que as restrições de rádio serão um fator positivo para colocar os resultados nas mãos dos motoristas novamente.

"O que eu gosto é que vão perceber é que são os pilotos que novamente estarão tomando as decisões e não sendo apenas 'controles remotos' dos boxes."

No entanto, ele acredita que os fãs podem sentir falta das mensagens via rádio que também faz parte da alegria deles.

"Os torcedores terão menos compreensão do que está acontecendo no carro, porque o piloto vai estar usando menos o rádio."

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