Vettel: F1 pode "perder raízes" com regras complexas
Sebastian Vettel alerta que categoria pode se perder com regras complicadas e o consequente desinteresse do público
Sebastian Vettel acredita que a Fórmula 1 tomou a direção errada com o regulamento atual e, por isso perdeu parte do público. Em entrevista publicada no próprio site oficial nesta segunda-feira (15), Vettel critica o regulamento atual e ressalta que a importância do papel do piloto não deve ser ofuscada por regulamentos complicados.
"Em resumo, acho que o esporte deveria estar acima de tudo e o ponto principal deveria ser sobre qual piloto é o mais veloz. Hoje, o carro tem um papel importante, assim como no passado. Mas não devemos nos perder em regras muito complicadas", disse.
"Nosso público deve ser capaz de se identificar com nossos carros novamente. No momento, a F1 é muito complexa e os carros atuais fazem pouco barulho", afirmou.
Domínio da Mercedes reduziu interesse
O tetracampeão acredita que a maneira como a Mercedes dominou até agora a 'era híbrida' da F1 acaba sendo um fator para a queda de interesse dos fãs, mas não o único. No entanto, Vettel se mostra esperançoso para as próximas temporadas, quando as regras devem ser diferentes.
"O domínio da Mercedes nos dois últimos anos tirou muito da emoção para os fãs. E as novas regras possuem muitos detalhes. Creio que deveríamos ser cuidadosos para não perder as raízes do automobilismo e espero que os carros do futuro estejam mais de acordo com isso", disse.
Chances de título
Embora Vettel venha sendo colocado como um dos candidatos ao título em 2016, o piloto prefere não fazer nenhum prognóstico às vésperas do início dos primeiros testes de pré-temporada.
"Não é segredo pra ninguém que ainda não estamos no nível que desejamos e precisamos melhorar em alguns aspectos. Sabemos que nosso pacote não era forte o suficiente para nos aproximarmos da Mercedes ou superá-los, mas estamos trabalhando nisso e caminhando na direção certa", afirmou.
Ferrari: última equipe na F1
Vettel, por fim, deu a entender que a Ferrari pode ser a última equipe dele na F1, descartando a possibilidade de uma mudança para a Mercedes no futuro, formando o que viria a ser uma superequipe alemã.
"Estou confortável na Ferrari e não penso em me mudar. Pode ser a minha última equipe na F1, não sou do tipo que fica mudando de ares após um ano. Nunca fiz algo semelhante antes, em nenhum aspecto de minha vida", disse.
"Estou feliz aqui, temos uma meta em comum e queremos alcançá-la juntos. A Ferrari é algo especial para mim, desde criança eu sonhava em ser um piloto da equipe no futuro", completou.
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