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Volta de grande fase da McLaren pode ser adiada por causa de parada da F1, diz chefe

Chefe da equipe, Andreas Seidl, admitiu que melhoria no grid pode ser adiada devido à parada de atividades

Carlos Sainz Jr., McLaren MCL35 leads Alex Albon, Red Bull Racing RB16

A McLaren estava em uma trajetória ascendente em 2019, passando do sexto para o quarto lugar no campeonato de construtores, antes que o surto de coronavírus parasse o calendário da Fórmula 1 em 2020.

O chefe da equipe, Andreas Seidl está confiante de que o time pode manter sua trajetória quando a ação recomeçar, mas admite que as suspensões de atividades atuais pode atrasar os planos ambiciosos da McLaren em diminuir a diferença para Mercedes, Ferrari e Red Bull.

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"Primeiro, o mais importante no momento é passar por essa crise e sobreviver a ela como equipe e como Fórmula 1", disse Seidl a jornalistas, incluindo Motorsport.com.

"É uma situação difícil para todos, mas estou confiante de que, assim que passarmos por essa crise, simplesmente poderemos continuar de maneira positiva.”

A parada também afeta os esforços fora da pista da McLaren para retornar à frente do grid.

Seidl está supervisionando uma ampla revisão estrutural da equipe e várias melhorias na infraestrutura, incluindo um novo túnel de vento.

"Também aqui, ainda é difícil saber exatamente qual será o tamanho dos atrasos. Uma coisa é certa, toda a fábrica, exceto a parte de produção de ventiladores, está totalmente paralisada neste momento, então isso significa que também os projetos de infraestrutura estão em espera.”

"Simplesmente precisamos ver agora, juntamente com todas as nossas empresas e fornecedores trabalhando juntos neste projeto, o quão grandes serão os atrasos quando voltarmos".

A McLaren estava depositando suas esperanças nos novos regulamentos técnicos para 2021 como uma oportunidade de diminuir a diferença para Mercedes, Ferrari e Red Bull.

Esses regulamentos foram adiados para a temporada de 2022, o que significa que as equipes do meio de grid precisarão esperar mais para se beneficiar de uma possível mudança.

"Não é segredo que nós, como McLaren, estávamos pressionando muito para que esses novos regulamentos fossem implementados para 2021", acrescentou Seidl. "Mas, ao mesmo tempo, entendemos e apoiamos por que eles foram adiados.”

"Em termos de tempo, acho claro que, com a mudança dos regulamentos em um ano e com esse longo desligamento, isso potencialmente atrasará o nosso caminho de volta ao grid."

"Mas, ao mesmo tempo, é esse o desafio que enfrentamos. Temos um plano claro para o que temos que fazer nos próximos meses e anos para subir novamente."

Embora os regulamentos técnicos tenham sido adiados em um ano, o limite de orçamento planejado de US$ 150 milhões (cerca de R$ 790 milhões) ainda está sendo definido para a partir de 2021. Os detalhes exatos do limite de custo continuam sendo objeto de discussão, com a McLaren esperando que esse número possa ser reduzido, como resposta à crise do coronavírus.

"Gostaríamos de ver o limite do orçamento o mais baixo possível. Expusemos o número de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 526 milhões).”

"Vejo claramente um compromisso de todos, entendendo que estamos em uma grande crise e que precisamos tomar grandes decisões para garantir a proteção das equipes e da Fórmula 1".

Veja como a crise do coronavírus tem afetado o esporte a motor pelo mundo:

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia, além do GP da Alemanha. A etapa da Holanda, em 28 de junho, é, atualmente, a primeira etapa do ano
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
Em abril, a Fórmula E confirmou a extensão da paralisação do campeonato até o final de junho e o adiamento do ePrix de Berlim. As provas de Nova York e Londres se tornaram dúvidas
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades devem voltar apenas no fim de maio, em Charlotte.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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