Fórmula E: A partir desta sexta-feira, di Grassi acelera por 1,2 bilhão na Índia
Brasileiro defende a Mahindra, equipe que encarna a paixão indiana durante a estreia do Mundial de Fórmula E na "nova locomotiva da economia mundial"
Apesar dos grandes desafios sociais, a Índia vai discretamente se tornando uma das forças da economia global. Analistas internacionais apostam no país de 1,2 bilhão de habitantes como uma futura locomotiva da economia internacional, capaz de nos próximos anos dinamizar o mercado e disputar com a China o papel de centro industrial e polo tecnológico. Em 2022, a Índia ultrapassou o Reino Unido para se tornar a quinta maior economia global e, segundo projeções, até 2030 o país estará, ao lado da China e dos Estados Unidos, entre os três líderes deste ranking.
Nas últimas décadas, também aos poucos, o automobilismo foi conquistando o público indiano, até se tornar um esporte bastante popular. O grande impulso começou com a estreia de Narain Karthikeyan na Fórmula 1, em 2005 (equipe Jordan). Cinco anos depois, Karun Chandhok defendeu a HRT na categoria e, em 2014, integrou a equipe Mahindra no nascente Mundial de Fórmula E. O país também teve sua equipe de Fórmula 1 durante uma década, a Force India, que encerrou as atividades em 2018.
Paixão indiana
Mas a paixão dos indianos pela velocidade continua e vai ser testemunhada neste final de semana, quando o público poderá torcer por uma equipe nacional pela primeira vez in loco, com a estreia do ePrix da India e a participação da Mahindra Racing – time de fábrica que recentemente contratou o brasileiro Lucas di Grassi para ajudar a defender suas cores e acelerar o desenvolvimento de seus carros.
Além de defender o time indiano, Di Grassi possui outros laços com o gigante asiático. Em 2019, o brasileiro foi o protagonista de um documentário produzido em conjunto pela F-E e a ONU, para mostrar os efeitos da poluição na vida das pessoas simples da cidade com a atmosfera mais poluída do mundo, Delhi, onde se situa a capital da Índia.
Neste final de semana, Lucas volta ao país com outro tipo de missão, a de competir pelo time indiano e ajudar no seu desenvolvimento. “É importante para a Mahindra, como marca e orgulho nacional, obter um bom resultado na Índia – importante não apenas para os fãs, mas também para o campeonato. O fim de semana precisa ser bom, é uma questão de devolver também o carinho e a atenção que estamos recebendo aqui”, diz Lucas, lembrando que a Mahindra é uma gigante do setor automotivo e uma das principais empresas indianas com atuação internacional.
Lucas di Grassi, Mahindra Racing, Mahindra M9Electro
Photo by: Sam Bagnall / Motorsport Images
Dificuldade nas corridas
“Tecnicamente, não será fácil. O fato é que nosso carro tem se mostrado relativamente bom para a briga por posições no grid, mas na corrida está bem longe do ideal. Tivemos duas corridas muito difíceis na Arábia Saudita, há duas semanas. E agora, aqui na Índia, apesar do curto período de trabalho desde a Arábia, seria importante mostrar que avançamos um pouco no desenvolvimento. Qualquer ponto será muito comemorado pela equipe e por essa multidão de fãs da Mahindra”, completa o brasileiro ,que obteve um pódio já em sua estreia no time indiano, no México, primeira etapa de 2023.
A estreia da Índia na Fórmula E acontecerá na pista de rua de 2,835km montada em Hyderabad, cidade situada no centro-oeste do país. Nesta sexta-feira, sempre no horário de Brasília, os pilotos realizarão dois treinos livres, às 7h55 e 8h45. O grid será definido no sábado, a partir das 2h10. Já a corrida terá largada às 6h33. Com o terceiro lugar obtido no México, após três corridas di Grassi ocupa a sétima posição no campeonato, com 18 pontos. O líder é o alemão Pascal Wehrlein, com 68 pontos. Confira a programação:
Sexta-feira, 10/02 07h55 – 08h45 – Treinos Livres 23h35 – 00h25 – Treinos Livres Sábado, 11/02 02h10 – 03h25 – Classificatório para o grid 06h33 – 08h00 – ePrix da ÍndiaComo a Red Bull-Ford impacta Honda, Porsche e toda a F1; veja debate
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