Por que Piquet seria a contratação perfeita para a Jaguar
A Jaguar está preparada para anunciar sua dupla de pilotos para a temporada 2017/2018 da Fórmula E neste mês, e a contratação do primeiro campeão da categoria, Nelsinho Piquet, seria uma surpresa, mas uma excelente decisão.
Espera-se que Piquet esteja fora do mercado para a próxima temporada, o que tornaria a mudança para a Jaguar algo inesperado, além de uma brilhante manobra de negócios.
A Jaguar contratou Mitch Evans e Adam Carroll para sua temporada de estreia, mas teve dificuldades para deixar uma boa imagem em 2016/2017, quando teve de lutar contra um trem de força abaixo da média.
Apoiada pela Williams Advanced Engineering e pela bagagem de sua primeira temporada, o que pelo menos incluiu várias provas nos pontos, a Jaguar deve dar um passo à frente significativo em 2017/2018.
Garantir uma dupla forte é parte fundamental dos esforços, e o Motorsport.com entende que uma decisão já foi tomada a fim de encerrar o acordo com Carroll após apenas um ano. Já a boa forma mostrada por Evans deve garanti-lo por mais tempo.
Piquet, que entende-se ter se esforçado para se mudar para a montadora britânica, tem sido alvo de longa data da Jaguar. Mas um dos principais obstáculos para se superar é removê-lo de sua atual equipe.
A NextEV anunciou que manteria Piquet como parte de um acordo de vários anos de duração. O relacionamento do piloto com a equipe oscilou em três temporadas, e sua saída era esperada em algum momento.
A Jaguar deverá confirmar seus pilotos no fim do mês, e o anúncio de Piquet significaria que um obstáculo que parecia intransponível foi deixado para trás – o que seria o maior indicativo até o momento do quão seriamente a marca está encarando seu projeto na Fórmula E.
Por mais que Piquet não tenha vencido uma única corrida desde que conquistou o título inaugural da Fórmula E, ele seria um trunfo importante para uma nova equipe como a Jaguar.
Além de um toque habilidoso para gerenciamento de energia, Piquet oferece a referência perfeita para uma estrela em ascensão como Evans. Ele também tem a experiência para contribuir com a aliança Williams/Jaguar – poucas podem contar com as mesmas capacidades de desenvolvimento.
Isso também serviria como uma recompensa para Piquet, que se manteve leal à equipe China Racing/NextEV – que, apesar dos nomes diferentes, tratam-se do mesmo time.
Graças ao apoio de Adrian Campos, Piquet se juntou à operação modesta do Team China (já que a situação política ameaçou impedir sua participação na categoria) e garantiu o título inaugural de forma surpreendente, batendo Sebastien Buemi e Lucas di Grassi.
Como a Fórmula E se abriu ao desenvolvimento técnico em 2015/2016, a China Racing, apoiada pela NextEV, sofreu com um trem de força problemático. Sem conquistar vitórias, pódios e tendo um oitavo lugar como melhor resultado, Piquet terminou o campeonato em 15º, mas ficou com a esperança de uma reestruturação intensa dentro da NextEV que incluía a aquisição completa da equipe e a saída de Campos da parte operacional.
Piquet fez a pole para a abertura da temporada 2016/2017, em Hong Kong, mas acabou o ano sem pódios, também deixando de marcar pontos nas últimas seis corridas, já que o segundo trem de força da NextEV se mostrou ineficiente, apesar de potente.
O Motorsport.com entende que sua paciência vem acabando, já que Buemi e Di Grassi se alternaram na ponta nas duas temporadas mais recentes. Piquet foi apenas uma nota de rodapé na história. Quem vier a fazer parceria com Oliver Turvey na próxima temporada encontrará uma equipe com potencial, mas que não vem aproveitando isso até agora.
É fácil ver por que a parceria Jaguar-Williams é tão cobiçada por Piquet, e também por que o piloto é um alvo para a equipe.
Piquet se estabeleceu como um dos pilotos de maior classe da Fórmula E. Com um pacote competitivo da Jaguar em mãos, não há motivo para pensar que ele não retornaria à forma que o fez merecer tal reputação.
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