Análise

Opinião: Curva de desempenho de Rossi deve levá-lo a aposentadoria na MotoGP

Desde que foi anunciada a sua chegada à Petronas Yamaha, italiano tem insistido que só consideraria prorrogar acordo se os resultados o validassem

Valentino Rossi, Petronas Yamaha SRT

Apesar de Valentino Rossi insistir que ainda não tomou uma decisão sobre o seu futuro, a maioria dos sinais emitidos por ele sugere que a aposentadoria no final do ano é a opção mais lógica e provável para o italiano.

A menos que sua curva de desempenho sofra uma mudança radical nas próximas três ou quatro corridas da MotoGP, o "The Doctor" não terá uma justificativa fácil para uma renovação que o levaria a correr em 2022 , já com 43 anos.

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Desde que foi anunciada a sua chegada à Petronas Yamaha SRT em 2021, Rossi tem insistido que só consideraria prorrogar o acordo se os resultados o validassem, o que de momento não aconteceu. De fato, Razlan Razali, chefe da equipe, chegou a revelar que a extensão do contrato estava ligada, entre outros fatores, a uma cláusula de resultados até um momento específico, certamente antes do intervalo do verão europeu.

Após as primeiras cinco etapas de 2021, o #46 é o 19º colocado na tabela geral, com apenas 9 pontos. Abaixo, apenas Iker Lecuona (8) e Lorenzo Savadori (2). 

A sua melhor corrida foi a última, em Le Mans, onde terminou em 11º lugar em um GP completamente alterado pelo tempo. Na estreia da temporada, no Catar, ele terminou em 12º, quase 11 segundos atrás do vencedor, Maverick Viñales. Uma semana depois, Rossi cruzou a linha de chegada em 16º, mais de 14 segundos atrás de Fabio Quartararo. Em Portugal, sofreu uma queda e em Jerez terminou na 17ª posição, 22 segundos atrás de Jack Miller.

Os sábados também não têm sido muito melhores para ele. A sua melhor posição no grid de largada foi o quarto lugar que ocupou na etapa de abertura, no Catar. Em Le Mans, largou da non colocação. No GP de Doha, ele foi 21º, e em Portugal e Jerez, 17º. O italiano não consegue uma pole position há exatamente três anos (Mugello , 2018).

O mau momento de Rossi fica ainda mais evidente ao cruzar os seus dados com os dos outros três pilotos que competem com uma Yamaha. Fabio Quartararo e Maverick Viñales acumulam três das cinco vitórias da campanha. Franco Morbidelli, companheiro de equipe na Petronas, subiu ao pódio em Jerez e foi quarto no Algarve.

"Estamos ficando sem ideias", disse Rossi em Jerez. 

No dia seguinte, na corrida, o piloto se sentiu esperançoso: “Eu via sorrisos que não eram dados há muito tempo ”, - o que, no entanto, não o ajudou a melhorar seu desempenho. 

Se levarmos tudo em consideração, vê-lo por mais um ano na pista seria difícil de entender. Em primeiro lugar, porque a sua palavra ficaria comprometida por não ter cumprido o objetivo que ele próprio assinalou como essencial para seguir. Além de questões de integridade, seria estranho ver alguém com esse histórico estender uma angústia que nem ele mesmo esconde.

“Quando você não está indo rápido ou lutando pelo pódio ou pelo topo, não tem graça”, repetia o piloto italiano ultimamente em suas aparições perante a imprensa, impregnado nos últimos tempos de um tom melancólico e monótono, quase triste, distante da lucidez e agilidade que sempre o caracterizou.

Se omitirmos o fator ligado aos resultados, há outro elemento que veio à tona nas últimas semanas e que o Motorsport.com entende ser muito significativo para prever qual caminho o multicampeão vai tomar: Rossi tem negociado com a Yamaha para tentar 'roubar' as duas M1 com as quais ele e Morbidelli correm.

Pelas palavras do piloto pode-se inferir que a opção Aprilia desapareceu e que agora a bola está nas mãos da Yamaha, já que os japoneses não querem expandir sua presença no grid para seis motos, portanto, se fornecem protótipos para a nova equipe de Rossi, VR46, eles terão que parar de fazer isso com a Petronas, sua parceira nos últimos três anos.

A aposentadoria de Rossi é um dos temas de conversa mais recorrentes no paddock. O Motorsport.com contatou executivos de três times, e todos concordam: Se tivermos de apostar, diríamos que o Valentino não vai continuar nos 95%.

Se isso for confirmado, o choque será grande por vários motivos. Em primeiro lugar, será necessário ver quais são as consequências de um campeaonato que perderá o seu principal protagonista das últimas duas décadas, bem como o seu foco de venda mais importante. 

O pior desse adeus mais do que possível é que, se acontecesse agora, seria com circuitos vazios, sem a possibilidade de se despedir do público que o transformou em 'Deus'. Principalmente em Mugello, seu templo, onde na próxima semana poderá correr pela última vez.

Galeria de fotos: 89 vitórias de Valentino Rossi - 500cc/MotoGP

1. Gran Premio de Gran Bretaña 2000
2. Gran Premio de Río 2000
3. Gran Premio de Japón 2001
4. Gran Premio de Sudáfrica 2001
5. Gran Premio de España 2001
6. Gran Premio de Catalunya 2001
7. Gran Premio de Gran Bretaña 2001
8. Gran Premio de la República Checa 2001
9. Gran Premio de Portugal 2001
10. Gran Premio del Pacífico 2001
11. Gran Premio de Australia 2001
12. Gran Premio de Malasia 2001
13. Gran Premio de Río 2001
14. Gran Premio de Japón 2001
15. Gran Premio de España 2002
16. Gran Premio de Francia 2002
17. Gran Premio de Italia 2002
18. Gran Premio de Catalunya 2002
19. Gran Premio de Holanda 2002
20. Gran Premio de Gran Bretaña 2002
21. Gran Premio de Alemania 2002
22. Gran Premio de Portugal 2002
23. Gran Premio de Río 2002
24. Gran Premio de Australia 2002
25. Gran Premio de Japón 2003
26. Gran Premio de España 2003
27. Gran Premio de Italia 2003
28. Gran Premio de la República Checa 2003
29. Gran Premio de Portugal 2003
30. Gran Premio de Río 2003
31. Gran Premio de Malasia 2003
32. Gran Premio de Australia 2003
33. Gran Premio de Valencia 2003
34. Gran Premio de Sudáfrica 2004
35. Valentino Gran Premio de Italia 2004
36. Gran Premio de Catalunya 2004
37. Gran Premio de Holanda 2004
38. Gran Premio de Gran Bretaña 2004
39. Gran Premio de Portugal 2004
40. Gran Premio de Malasia 2004
41. Gran Premio de Australia 2004
42. Gran Premio de Valencia 2004
43. Gran Premio de España 2005
44. Gran Premio de China 2005
45. Gran Premio de Francia 2005
46. Gran Premio de Italia 2005
47. Gran Premio de Catalunya 2005
48. Gran Premio de Holanda 2005
49. Gran Premio de Gran Bretaña 2005
50. Gran Premio de Alemania 2005
51. Gran Premio de la República Checa 2005
52. Gran Premio de Qatar 2005
53. Gran Premio de Australia 2005
54. Gran Premio de Qatar 2006
55. Gran Premio de Italia 2006
56. Gran Premio de Catalunya 2006
57. Gran Premio de Alemania 2006
58. Gran Premio de Malasia 2006
59. Gran Premio de España 2007
60. Gran Premio de Italia 2007
61. Gran Premio de Holanda 2007
62. Gran Premio de Portugal 2007
63. Gran Premio de China 2008
64. Gran Premio de Francia 2008
65. Gran Premio de Catalunya 2008
66. Gran Premio de Estados Unidos 2008
67. Gran Premio de la República Checa 2008
68. Gran Premio de San Marino 2008
69. Gran Premio de Indianápolis 2008
70. Gran Premio Japón 2008
71. Gran Premio de Malasia 2008
72. Gran Premio de España 2009
73. Gran Premio de Catalunya 2009
74. Gran Premio de Holanda 2009
75. Gran Premio de Alemania 2009
76. Gran Premio de la República Checa 2009
77. Gran Premio de San Marino 2009
78. Gran Premio de Qatar 2010
79. Gran Premio de Malasia 2010
80. Gran Premio de Holanda 2013
81. Gran Premio de San Marino 2014
82. Gran Premio de Australia 2014
83. Gran Premio de Qatar 2015
84. Gran Premio de Argentina 2015
85. Gran Premio de Holanda 2015
86. Gran Premio de Gran Bretaña 2015
87. Gran Premio de España 2016
88. Gran Premio de Catalunya 2016
89. Gran Premio de Holanda 2017
89

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Oriol Puigdemont
MotoGP
Valentino Rossi
Drive M7 SIC Racing Team
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