Petrucci revela crise de confiança no final de 2019
O piloto da Ducati na MotoGP, Danilo Petrucci, admitiu que sua queda de rendimento na segunda metade da temporada de 2019 se deu a uma crise de confiança. A origem estava em sua ambição em terminar o mundial de pilotos em segundo lugar.
Para Danilo Petrucci, 2019 indicava que seria um dos melhores anos da carreira do piloto. Conseguiu uma vaga na equipe principal da Ducati ao lado de Andrea Dovizioso, após quatro anos correndo nas equipes satélites da montadora e sua renovação de contrato veio ainda no início da temporada, após uma sequência de três pódios consecutivos, incluindo sua primeira vitória na MotoGP em Mugello.
Mas a segunda metade de 2019 do piloto foi muito diferente do início do ano. Após o terceiro lugar na Catalunha, em junho, Petrucci não voltou mais ao pódio, e depois das férias de verão da MotoGP, não conseguiu nem terminar entre os cinco primeiros nas dez corridas finais da temporada.
Com isso, Petrucci foi de lutar pelo segundo lugar no mundial de pilotos com seu companheiro de equipe Dovizioso, para terminar apenas em sexto lugar no final da temporada.
No lançamento da Ducati para a temporada de 2020 na última semana em Bologna, Petrucci admitiu que sua determinação em terminar em segundo, atrás do eventual campeão Marc Márquez foi um erro e que isso levou uma crise em sua confiança. O piloto também acha que “deu tudo de si” muito cedo na temporada. Com isso, acabou ficando “exausto cedo demais”. “Em agosto eu determinei para mim mesmo o segundo lugar no mundial de pilotos”, afirmou. “Isso foi um erro, porque durante as férias de verão eu ficava olhando a classificação”.
“Eu achei que não estava indo bem o suficiente, ao invés de analisar os erros. Eu me questionava sem pensar na pilotagem: eu só queria ser rápido e acabou”, comentou. “Eu carreguei isso comigo até o final do ano. É aqui que eu sei que preciso melhorar, que eu tenho forças para resolver os problemas, e não repetir o que eu fiz em 2019”.
“É sempre difícil de reagir quando você está com problemas. Enquanto as coisas estavam indo bem, eu estava em uma posição de bater de frente com Márquez, mas as coisas mudaram a partir de Sachsenring”, completou.
“Eu perdia a paciência com muita frequência. Um erro imperdoável, por exemplo, foi a classificação na Áustria, quando eu fui para a pista com a intenção de mostrar meu potencial para todos. Acabei caindo na brita na curva 3”.
“O mundo caiu para mim; eu causei a crise em mim mesmo. Eu era rápido e poderia estar na primeira fila, mas em Brno as coisas foram ruins e eu queria voltar ao pódio. Ninguém impôs nada para mim, foi tudo minha culpa”, completou.
Todos os contratos das equipes de fábrica da MotoGP se encerram no final desta temporada, incluindo o de Petrucci, o que pode levar a um mercado frenético já no início do ano.
Mas Petrucci disse que está “mais sereno” para lidar com sua situação em comparação a 2019, por ter passado os últimos dois anos lutando por seu lugar no grid. “Esse ponto de vista não é nada novo para mim; eu tenho lutado nos dois últimos anos pela minha renovação”, ele afirmou. Então eu tenho mais serenidade e confiança, já que eu também já sei como trabalhar em uma equipe de fábrica”.
“Estou pronto para começar de novo. Descansei muito e treinei com mais foco; tenho mais uma grande oportunidade. Não há uma temporada mais importante que a outra, mas com certeza eu vou continuar dando o meu melhor como sempre fiz.
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