Cacá corre contra o tempo para estar na Stock: "Se fosse no fim de semana, eu não estaria no grid"
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, pentacampeão da categoria abre o jogo sobre como está sua situação visando campeonato deste ano
O ano de 2020 começou diferente para Cacá Bueno. Corrido, bem mais corrido. Não que "acelerar" seja ruim para um piloto, mas precisar fazê-lo em janeiro não é bom sinal. Quem corre no mês de férias busca viabilizar as competições onde pretende estar. Aos 43 anos, o pentacampeão da Stock Car não está garantido no grid.
Em meio às muitas reuniões que tem na rotina atual, Cacá recebeu o Motorsport.com em seu escritório, na zona oeste do Rio de Janeiro, para uma entrevista exclusiva, na qual detalha a situação que vive após anúncio da saída da patrocinadora que o acompanhava nos últimos três anos, a Cimed. Sempre direto ao ponto, o piloto admite estar confiante que correrá na Stock Car em 2020, mas afirma que "se corrida fosse no fim de semana, estaria fora". Acompanhe a conversa:
Motorsport.com: A nova década começou em outra rotação? Começou mais acelerada?
Cacá Bueno (CB): (risos) Sim, começou. Meu histórico é sempre começar o ano com tudo comercializado, tudo vendido. Isso tem sido desde 2003. Essa tem sido a minha história. Acho que nunca comecei o ano sem ter tudo definido. Nessa primeira vez, tem sido um janeiro de muitas reuniões, de reencontrar alguns antigos parceiros, de falar com os parceiros atuais, de falar com alguns conhecidos, identificar as marcas que têm sinergia com nosso esporte, que possam, em conjunto, ativar o esporte a motor e se aproveitando de tudo isso.
Motorsport.com: Você, que vive dentro do esporte, sabe de mais coisas que o mercado em geral. Houve esse processo de vai e volta [da Cimed na Stock] ou não?
CB: Existiu um pouco, sim. Na verdade, antes de você chegar, eu estava falando com o João (Adibe, dono da Cimed) por telefone, tentando decidir alguns passos. A realidade é que eu ainda tenho dois anos de contrato com a Cimed. Essa é uma realidade. São cinco, foram três.
É lógico que sempre tem uma via de escape do contrato, uma multa rescisória para que não se continue. A única questão minha com o João no decorrer do ano de 2019 era essa: ter uma posição um pouco mais firme sobre isso. Se fica ou se sai. Teve uma conversa no meio do ano em que existia uma possibilidade real de ele sair, mas depois da corrida de Cascavel, quando a equipe foi primeira, segunda e terceira, com o Fraga em primeiro e eu em terceiro, houve um papo sobre continuidade e lá se relaxou, parou de se buscar novos parceiros. E eu tendo meu contrato, continuei cumprindo meu papel esportivo. Aí em dezembro chega a notícia.
Motorsport.com: Depois da última etapa?
CB: No final de semana da última etapa. Naquele sábado e domingo, mesmo ali na pista, um bate-papo com o João era de que era muito provável que ele não continuaria, mas não havia um comunicado oficial, digamos assim. Mas, a partir dali, nós já sabíamos que ele não continuaria. Eu acho que a escolha do João, dentro de uma ótica empresarial, é justa. Ele tem o direito de fazer isso. Não posso criticar nem recriminar. Ele faz as coisas que julga serem corretas para a empresa dele.
E aí passam algumas decisões: o que a equipe vai fazer, o que eu vou fazer, o que o Fraga vai fazer. Claramente, o Fraga decidiu não continuar na Stock Car. Eu pensei no mesmo. Eu tinha propostas de fora do país para não continuar na Stock, de fazer a Porsche Cup no Brasil, a Jaguar e mais uma categoria internacional. Analisei as propostas que tinha e levei a sério essa possibilidade. Mas, ao mesmo tempo, reconheço que praticamente tudo que eu tenho no automobilismo devo um pouco à Stock Car.
Estou longe ainda de me aposentar. Tenho grandes resultados no automobilismo. Então eu achei que vale o risco, a tentativa de continuidade, mesmo sem ter nada naquele momento, ali em dezembro, onde não se vende mais nada. A realidade era essa e eu não tinha um centavo para a continuidade. E estar na Stock Car não é nada barato. Então, a partir dali a única opção que eu tinha era tirar férias, pensar e planejar minha vida e voltar em janeiro com toda energia. Então tomamos as decisões: o Fraga decidiu sair e eu decidi tentar ficar.
Hoje, em janeiro, essa é a posição: tentar ficar e tentar me entender com o João. A sua pergunta foi especificamente sobre o que o João fez, então vou tentar me entender com ele, ainda estamos conversando e tentando ver se vamos rescindir o contrato ou se vamos continuar com algum modelo de negócio diferente do que tínhamos. Nem que seja com uma participação bem menor, para que não seja necessário rescindir um contrato ou então que ele rescinda e me libere de uma vez por todas para que eu possa seguir meu caminho.
Cacá Bueno em Campo Grande
Photo by: Bruno Terena
Motorsport.com: Você falou Porsche, Jaguar e mais uma. Tinha alguma definida ou eram algumas para escolher?
CB: Eu tinha uma proposta na Europa, uma na América do Sul, mas todas elas dependiam de algumas decisões, de alguns calendários, não cabiam uma participação no ano inteiro, então não era tão fácil decidir. Mas acho que, como eu não cheguei a um acordo com nenhuma das duas, não vale muito a pena exemplificar. Uma participação internacional de GT e uma participação na América do Sul em carros de turismo, na Argentina.
Motorsport.com: Você falou que houve a conversa na última prova do ano, mas que não foi um comunicado oficial. A parte oficial aconteceu? Ou não, nem precisaria disso?
CB: Eu acho que precisaria, sim. Não foi comunicado oficialmente para mim que eles não continuariam. Mas foi comunicado à imprensa. Soltaram um comunicado recente, divulgado pelos meios de comunicação, de que a Cimed não continuaria na Stock Car como equipe Cimed Racing. E o Fraga também soltou o seu comunicado oficial de que não continuaria na Stock Car. Então, nesse momento, eu passo a entender que a equipe Cimed não existe mais, o Fraga não fica e eu preciso tomar uma decisão. A decisão tomada é da tentativa de continuidade na Stock Car. A decisão tomada é da vontade de ficar.
Tenho excelentes conversas com novos patrocinadores. Estamos trabalhando para ficar, mas a realidade é de que, se a corrida fosse nesse final de semana, eu não estaria no grid. Se a corrida fosse semana que vem, eu não correria na Stock Car. Mas, como tenho boas conversas e as corridas são no final de março, eu tenho muita confiança de que eu possa estar na Stock Car. Mas, para isso, é importante que eu tenha uma definição da Cimed sobre o que fazer.
Se não existe mais equipe Cimed Racing, o contrato já foi quebrado. Então a gente precisa sentar, se entender, readequar o contrato, ou eles decidirem de uma vez por todas e eu seguir meu caminho. São passos que precisam ser dados e soluções que eu preciso encontrar para estar no grid em março. E, logicamente, para estar no grid em março, você não pode assinar o contrato em março. Você tem que resolver sua vida até fevereiro, porque tem toda a produção de material, layout, macacão, tudo isso, e, sem dúvida nenhuma, isso leva algum tempo. Então estou respeitando as hierarquias, os tempos, os acordos.
Seria muito ruim não correr de Stock Car, mas eu acho que a Stock também perde muito. Eu não digo que eu tenho uma importância gigantesca assim, mas imagina perder três campeões da categoria no mesmo ano. É um sinal muito negativo para a categoria. O Felipe Fraga já anunciou que não fica. Pelo que eu sei, até agora o Max Wilson também não está confirmado.
Motorsport.com: A Cimed tinha vários patrocínios, uma política bem agressiva, com acordos com CBF, CBV, e houve anúncios de saída são anteriores à Stock. Até por isso, aumentaram os rumores. Com esse crescimento da Cimed, você chegou a ter medo da coisa ser agressiva demais?
CB: Não. Eu não estou sentado dentro da empresa para estar na mesa de reunião quando se toma uma decisão. Eu acho que eles têm os motivos deles. Entendo que o esporte a motor ajudou a Cimed a construir uma imagem vencedora e com tudo aquilo que o esporte mostra ou dá a uma empresa. Então, não tenho dúvida nenhuma de que a equipe Cimed Racing, com a minha participação, e mesmo antes da minha participação, colaborou demais para a Cimed, como empresa, como marca.
Mas, ao mesmo tempo, eu tive esse medo deles estarem fazendo um projeto grande demais. Teve uma vez que chegamos a ter seis carros na Corrida do Milhão. Naquele momento, pra mim que estou ali, achei um exagero.
Mas eu não tenho as razões da decisão. Eu acho que é uma escolha deles e eles que têm que entender o porquê disso ou não. Mas, às vezes, quando o castelo de cartas fica grande demais, ele desmorona. Acho que o João adora o esporte a motor e entende a importância que teve na construção da marca Cimed nos últimos anos. O esporte como um todo: o time de vôlei que ele fez, a Stock Car, o que ele faz no futebol, acho que o esporte tem muito a ver com as atitudes arrojadas do João. Continuo admirando ele como empresário.
Se a gente continuar, vai ser ótimo. Se a gente chegar a uma conclusão de que vamos ter que parar por aí, vai ser ótimo. Então não estou fazendo uma crítica à Cimed, de jeito nenhum. Eles têm as razões deles. Mas a gente sempre acaba temendo. Eu até ando meio sumido das redes sociais, não posto muito, ando meio afastado da mídia, nos últimos 20, 25 dias, até por estar procurando o modelo de negócio perfeito para a continuidade.
Mas acho que é o momento de falar, simplesmente porque não dá pra ficar em silêncio a vida inteira. O eTrophy vai recomeçar em 20 dias. Mas não quero que pareça uma crítica à Cimed. Ela tem o direito de fazer o que está fazendo. Mas também passa por ela o processo para eu poder dar continuidade aos meus projetos.
João Adibe em Interlagos
Photo by: Duda Bairros
Motorsport.com: Uma coisa que se falava muito é a questão da equipe. Você, quando houve o acordo da Cimed, tinha a parte de remuneração e a parte de participação na equipe. A saída da Cimed prejudica isso ou até facilita para um crescimento seu na organização? E quando você diz que está lutando por patrocínios é pelo Cacá Bueno piloto ou pelo Cacá Bueno piloto/chefe?
CB: É assim: a minha participação na equipe foi muito mais uma solução de problemas do que um desejo pessoal, porque talvez eu estivesse me antecipando um pouco no meu processo natural de transição. Talvez muita gente possa entender isso como um passo para me aposentar ou mudar de carreira dentro do esporte a motor, mas não era isso. Quando fui para a Cimed, ela tinha um desejo de quatro carros. Eles só tinham dois e precisavam se incorporar a uma nova equipe. Nesse momento, a gente tinha a oportunidade de incluir a equipe do Duda Pamplona, que estava sem patrocínio e sem piloto.
Mas a Cimed não queria adquirir uma nova equipe. Patrocinaria, mas não queria comprar uma equipe para estar dentro da estrutura. Então, nesse momento, eu acabei entrando como um pouco de solução e fiz um acordo muito claro. Era conhecido por todos do paddock e não era segredo para ninguém: eu virei sócio da estrutura, mas, ao mesmo tempo, me mantive afastado da gestão. A gestão continuou sendo do William Lube durante esse tempo.
Eu me comportei como piloto. Não fui chefe de equipe, não fui gestor, não fui gerente. É lógico que em alguns assuntos estratégicos, de futuro e de planejamento, eu acabo fazendo parte, mas, sem dúvida nenhuma, a gestão foi toda do William Lube e eu não misturei os assuntos para que não tivesse também nenhuma mistura de assunto com os outros pilotos da estrutura.
E eu tenho certeza que pode perguntar para qualquer piloto que passou pela equipe, Navarro, Foresti, Gomes, Fraga, Casagrande, que eu fui apenas mais um piloto lá dentro. Eu não tive nenhum tipo de benefício, nenhum tipo de equipe trabalhando de modo distinto para mim porque eu era sócio. Acho que, na verdade, eu me puni muitas vezes por isso. Acabei abrindo mão de algumas situações exatamente para que não passasse uma imagem de que como sócio, eu estivesse prejudicando algum piloto.
Motorsport.com: Você perdeu um pouco daquele lado predador do piloto de querer tudo dentro do box?
CB: Tudo tem um lado predador e isso infelizmente funciona em corridas. Todo piloto quer tudo dentro do box. Quer o melhor motor, o melhor carro, o melhor engenheiro, a melhor estratégia. Quando não tem, reclama, chia, briga, faz escândalo. Então, muitas vezes, eu fui bem predador em alguns momentos que eu passei em algumas equipes. E isso me deu muito resultado na pista, em patrocínio, continuidade e em tudo isso. E talvez, nesses três anos, não dê pra usar a palavra que fui “parceiro demais”, mas talvez um conciliador.
Isso talvez tenha sido muito benéfico para o time, mas não para mim. A minha participação de me afastar da gestão, não participar mais, passa por isso de ter o direito de exigir um pouco mais. E que isso possa trazer aos próximos patrocinadores que estiverem comigo um resultado melhor do que foi nos últimos três anos. Então estou muito empenhado em ter resultados. Não acho que tive resultados ruins nestes três anos, mas claramente não foram resultados do nível que eu tive ao longo da minha carreira.
Fui vice-campeão do eTrophy, fiz belas corridas de Porsche, ganhei corridas pela Cimed Racing, fiz inúmeros pódios, sempre entre os dez primeiros, mas, logicamente, não terminei um campeonato como campeão ou vice durante três anos, o que nunca aconteceu na minha carreira.
Motorsport.com: E o que falta para você se acertar com o João Adibe?
CB: Falta a gente conseguir sentar, conseguir se entender. Eu entendo que, com o comunicado oficial dele de que não continua na Stock Car, talvez isso seja um ativo que não lhe interesse mais. O que eu aguardaria e entenderia que fosse o próximo passo seria uma rescisão contratual e, logicamente, o pagamento da multa por ele, me liberando para assinar com outros patrocinadores. Mas, ao mesmo tempo, o respeito e a admiração que eu tive pelo João nos últimos três anos me põem completamente à disposição e eu falei isso para ele. Para sentar à mesa e, se quiser uma continuidade de alguma maneira, continuar menor, com uma parceira diferente para os próximos anos, não me oponho de maneira nenhuma.
Cacá Bueno
Photo by: Duda Bairros
Motorsport.com: Quanto aos anúncios da Cimed e do Fraga, você recebeu na mesma hora que todo mundo recebeu ou alguém ligou e te avisou com antecedência?
CB: Fui avisado quinze minutos antes, praticamente na mesma hora que vocês. Não que fosse uma surpresa. Eu até sentei na mesa com alguns patrocinadores junto com o Fraga na tentativa da continuidade dele na nossa equipe. Era interesse nosso manter o Fraga, mas nós também sabíamos que ele tinha propostas internacionais, e os campeonatos internacionais começam já. Então talvez o Fraga não tivesse tanto tempo para decidir como eu tenho. Ou a Cimed continuava ou ele teria que seguir o caminho dele. Então não me pegou de surpresa, mas, ao mesmo tempo, fiquei sabendo junto de todos.
Motorsport.com: É possível perceber pela convivência em paddock e pelas mídias sociais uma proximidade sua com o Fraga. E ele sempre foi um espécie de pupilo seu. Esse é um processo que está bem alinhado entre vocês ou ficou algo mal resolvido?
CB: Falamos por telefone ontem. Eu preciso separar um pouco o que é minha participação no time, quando sou eu na minha empresa e quando sou eu contratado da equipe, como atleta. Eu e Fraga sempre nos demos muito bem. Em um determinado momento, ajudei ele como podia. Depois, em um segundo momento, quando ele corria em uma estrutura que eu era sócio, não fazia mais sentido eu representá-lo, e o pai dele tomou as rédeas do negócio e cuidou da vida dele.
Eu sempre torci muito por ele. Então, assim, não se encontra um grande parceiro, para um grande projeto esportivo de marketing, com a mesma força e apelo que o nome do Felipe tem hoje em dia, em quinze dias, no meio de Natal, Ano Novo e férias. Era óbvio que a gente não iria conseguir. A gente precisaria de mais tempo. Então, ele optou por não perder essa oportunidade internacional e não correr o risco de não conseguir esses patrocinadores até março. Abraçou uma oportunidade internacional, que eu acho importante para a carreira dele. Eu já estou em uma situação diferente, com 43 anos de idade, correndo em um mundial de carros elétricos, que é falar de inovação, falar de futuro, falar de tecnologia, trazer um público jovem para o esporte a motor, com todos aqueles conceitos que o esporte a motor estava precisando renovar. Eles estão ali dentro de um carro elétrico e eu tô dando esse passo. Sendo pioneiro, protagonista disso, junto com o Sérgio Jimenez nos carros de turismo.
Cacá Bueno e Felipe Fraga em Interlagos
Photo by: Duda Bairros
Motorsport.com: A temporada de 2020 está com cara de mudança, com montadora chegando, saída de pilotos e mais coisa para acontecer. Você citou a saída do Fraga, situação do Max Wilson, a sua própria. Esse é o tipo de cenário que a categoria faz força para não acontecer?
CB: Eu não tenho nenhum problema com o Carlos Col. Tenho me entendido muito bem com ele nos últimos tempos, temos conversado bastante, tentando trocar ideias. Acho que está muito difícil eu conseguir ajudar a categoria em alguma coisa, assim como é muito difícil o Carlos Col conseguir me ajudar em alguma coisa. Na verdade, acho que não falta vontade de nos ajudarmos. Acho que realmente existe uma dificuldade e talvez umas dificuldades de conceituar isso. Eu acho que o Carlos Col sempre fez um grande trabalho.
Mas eu discordo de muita coisa que foi feita na Stock Car no passado, quando ela teve a oportunidade de fazer um investimento muito grande para se popularizar, investindo mais na experiência do autódromo, na experiência do público, e não só em dar lucro ou prejuízo, não só no resultado final dos acionistas. Acho que ela não investiu bem, se preocupou demais com as equipes, com a pista, e não se preocupou em como contar a história dessa grande corrida ao público.
A gente tinha eventos fenomenais, corridas sensacionais, e acredito que a gente ainda tenha, mas que não consegue transmitir ao público ou fazer da arena um grande espetáculo, com shows de música. No momento que dava para fazer algo e uma corrida à noite, já até fizemos corridas de rua que foram impactantes, mas não acho que a Stock Car conseguiu o auge. Não posso dizer que ela não tentou, porque eu não estava sentado à mesa, mas não conseguiu, naquele momento de auge, com prêmio de 1 milhão de dólares, com 12 corridas ao vivo na Globo, um aumento no calendário de 12 para 16 ou 17 corridas. Tínhamos mais de 40 carros querendo correr na Stock Car, foi criada uma carteira Master para limitar piloto, foi criada uma primeira e segunda divisão, com acesso e descenso, para que não houvesse equipes demais.
Não posso crucificar o Col, porque nos últimos anos ele não estava sentado lá, mas acho que faltou isso e estamos pagando um preço agora. O Col está tentando reinventar um pouco ou contar uma história mais bacana, trazendo para o multimarcas. Os movimentos são interessantes e eu apoio as mudanças que a Stock Car tem feito, entendo que nesse momento não dá pra fazer circuito de rua novamente porque não tem dinheiro, entendo que nesse momento não se dá para aumentar o calendário, porque as equipes também não tem dinheiro. Os passos são legais, os resultados vão ser positivos, eu acredito em um crescimento da Stock Car e é por isso que quero ficar, mas acho que os patrocinadores ainda compram muito a história já contada. Eu acho que 2020 será um baita ano e 2021 melhor ainda.
Cacá Bueno durante visitação em Interlagos
Photo by: Duda Bairros
Cinco vezes Cacá
Relembre quando Cacá Bueno e outras estrelas da Stock Car brilharam, desde a primeira temporada, em 1979, para ficar com o título da categoria:
Faça parte da comunidade Motorsport
Join the conversationCompartilhe ou salve este artigo
Principais comentários
Inscreva-se e acesse Motorsport.com com seu ad-blocker.
Da Fórmula 1 ao MotoGP relatamos diretamente do paddock porque amamos nosso esporte, assim como você. A fim de continuar entregando nosso jornalismo especializado, nosso site usa publicidade. Ainda assim, queremos dar a você a oportunidade de desfrutar de um site sem anúncios, e continuar usando seu bloqueador de anúncios.