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Fórmula 1 GP da Espanha

Análise técnica: Ferrari copia Mercedes e melhora largada

Time italiano se inspirou na Mercedes para modificar sistema de largada, obtendo resultados significativos já no GP da Espanha; confira análise

Ferrari SF70H steering wheel detail

Análise técnica de Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

Após ver Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen serem superados por Valtteri Bottas na largada do GP da Rússia, a Ferrari se mexeu rapidamente para levar novidades que aprimorassem o procedimento de largada já no GP da Espanha.

Na semana passada, a Ferrari fez uso de um dia de filmagens em Mugello para que a dupla titular da equipe testasse novidades para o sistema de embreagem.

Tais resultados foram vistos na Ferrari de Vettel em Barcelona - apesar de o alemão ter cruzado a linha de chegada em segundo lugar, posição na qual largou, o novo sistema mostrou a eficiência ao permitir que o germânico assumisse a liderança da prova na largada, chegando à primeira curva à frente do britânico.

Ferrari SF70H steering wheel detail
Detalhe do volante da Ferrari SF70H

Foto: Giorgio Piola

Inspiração na Mercedes

Durante a semana, Kimi Räikkönen deu a entender que a Ferrari estava trabalhando em cima do procedimento de largada e que soluções haviam sido testadas. "Temos uma ideia do que está acontecendo e temos trabalhado em coisas novas. A Mercedes tem sido forte naquilo que estão fazendo, mas não conseguiremos mudar da noite para o dia", disse.

O suspense sobre o que a Ferrari havia feito cresceu após a classificação em Barcelona. Ao responder uma pergunta sobre como seria o caminho até a curva 1 no GP da Espanha, Hamilton deu uma 'cutucada' em Vettel. "Vi que você mudou sua sequência de largada."

O Motorsport.com apurou e agora apresenta em detalhes as novidades da Ferrari para a largada, que, curiosamente, foram inspiradas em um conceito lançado em primeiro lugar pela própria Mercedes.

Nova borboleta

Ferrari SF70H steering wheel detail
Detalhe do volante da Ferrari SF70H

Foto: Giorgio Piola

A Ferrari deixou para trás a longa borboleta que vinha sendo usada com sucesso desde o início da temporada passada. A ideia era ampliar a distância para os pilotos moverem a peça até encontrar o ponto ideal da embreagem para conseguir a largada perfeita.

Mas novas regras foram introduzidas para limitar o movimento da borboleta. Com isso, a vantagem que a Ferrari havia adquirido desapareceram.

Como resposta, o time italiano adotou uma filosofia implantada em primeiro lugar pela Mercedes: as borboletas de embreagem, mais curtas, contam com espaços para que os pilotos introduzam os dedos e assim tenham mais sensibilidade para acionar a embreagem.

Como os desenhos e as imagens apresentadas por Giorgio Piola mostram, as novas borboletas da Ferrari são de metal no momento, mas podem ser substituídas por fibra de carbono no futuro.

A presença dos espaços para a introdução dos dedos permitem que as equipes não precisem se preocupar com a zona de exclusão de 50mm ao redor da borboleta de embreagem, algo que se mostrou um fator que ajudou a Mercedes.

Na teoria, isso permite que as borboletas de embreagem fiquem mais perto das mãos dos pilotos, que podem explorar com mais precisão o acionamento da embreagem. Como se viu na largada do GP da Espanha, a novidade já rendeu frutos para a Ferrari e para Sebastian Vettel.

Reportagem adicional por Matt Somerfield

 

 

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