Análise técnica: os detalhes das atualizações da McLaren
A equipe conseguiu chegar pela primeira vez no Q3 na classificação do GP da Espanha, fato inédito desde o retorno da Honda
Análise técnica de Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
O GP da Espanha foi o escolhido para o próximo passo da McLaren no esforço de estar mais à frente no grid da F1. A nova asa dianteira deu uma dica clara sobre a sua plataforma de desenvolvimento para o futuro.
Asa dianteira
A nova asa dianteira utilizada por Jenson Button durante todo o fim de semana pôde ser vista como algo importante para o futuro, com o seu design revisto em várias estruturas aerodinâmicas.
Talvez o mais importante dessas mudanças vem na adoção de uma divisão mais agressiva da parte exterior da asa dianteira, que controla a maneira em que o ar se move ao redor do pneu da frente. Isto não só irá proporcionar uma elevação direta no desempenho, mas também vai melhorar a forma como as coisas funcionam.
Como parte desta alteração, a parte interior (veja as marcações amarelas, tanto a asa nova e na velha) tem ranhuras em toda parte de trás, em linha com as abas. Esses slots vão ajudar a controlar a forma de como esse fluxo de ar é moldado e são de maior importância na guinada.
A placa terminal também foi revista, com um grande recorte colocado na parte de trás da sua superfície (em amarelo). Mais uma vez, isso vai mudar como o ar se move do lado de fora do pneu dianteiro.
Enquanto isso, a palheta que está presa na cascata principal ganhou um "irmão" - que tem uma forma muito semelhante, mas, obviamente, tem um alcance maior.
Esta nova palheta vai trabalhar com o seu semelhante para reorientar a posição do fluxo de ar do lado frontal do pneu.
As abas foram também revistas (veja as setas), com ambas as ranhuras superiores da penúltima aba e apresentando em seu perfil interior, alterando o comportamento do fluxo de ar.
Este, por sua vez, terá um efeito sobre o vórtice Y250 que forma a partir da junção da zona neutra e na seção da linha principal.
Dutos de freios
Esta provou ser uma área de configuração intensa durante as sessões de treinos na Espanha, com ambos os pilotos experimentando três configurações diferentes, antes deles finalmente resolverem ficar com a nova solução.
As aberturas que foram aumentadas em tamanho para Sochi, foram completamente cortadas na Espanha, com o tubo de passagem totalmente exposto ao aro. Isto muda a maneira pela qual o calor é irradiado para a roda, afetando a temperatura interna do pneu.
A entrada de freio cavada foi colocada, favorecendo um corte vertical mais convencional e de entrada separada, mudando a forma inteira da conduta. Isto irá, sem dúvida, ter um impacto na forma do corpo do pneu.
Asa traseira e difusor
A asa traseira do MP4-31 também foi trabalhada para um esforço para ganhar um pouco de downforce adicional.
O difusor permaneceu inalterado desde a prova da Rússia, em que as mudanças foram feitas nos assoalhos verticais exteriores (destacado em verde).
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