F1: Ferrari deve "se acalmar" após pessimismo de Hamilton em Las Vegas, diz Vasseur
Chefe da Scuderia respondeu falas do heptacampeão, que afirmou que tirou "zero" pontos positivos do fim de semana na Cidade dos Cassinos
O chefe da equipe da Ferrari, Fred Vasseur, respondeu ao extremo pessimismo de Lewis Hamilton após o GP de Las Vegas de Fórmula 1, dizendo que todos devem "se acalmar" e continuar trabalhando para um bom final de temporada.
O heptacampeão cruzou a linha de chegada em 10º lugar na noite de sábado, depois de largar na última fila após uma classificação desastrosa, na qual ele não conseguiu dar uma volta no final de um Q1 chuvoso.
Embora Hamilton tenha ganhado nove posições na corrida, e mais duas após a dupla desclassificação da McLaren, ele ficou visivelmente chateado depois, alegando ter tirado "zero" pontos positivos do fim de semana em meio à "pior temporada de todos os tempos".
Sem dúvida, foi uma estreia decepcionante para ele na Ferrari, já que o piloto de 40 anos está em sexto lugar na classificação de 2025, ainda sem marcar um pódio em GPs e 74 pontos atrás do companheiro de equipe Charles Leclerc a duas rodadas do fim da atual campanha.
O resultado de Las Vegas foi agravado pelo fato de Hamilton ter demonstrado otimismo após os treinos de quinta-feira, com um ritmo promissor, mas seu trabalho árduo foi desfeito na classificação.
É por isso que Vasseur acha que a situação não é tão ruim quanto parece: "Posso entender a reação de Lewis logo após a corrida, mas temos que nos acalmar, discutir e nos concentrar nas próximas duas, porque nas próximas duas estaremos de volta", citando Catar e Abu Dhabi.
Frederic Vasseur, Ferrari
Foto de: James Sutton / Formula 1 / Formula Motorsport Ltd via Getty Images
"Tenha em mente também que Lewis estava lá no TL1 e no TL2 o ritmo era bom e temos que construir o fim de semana assim, e com certeza começar do P20 [P19 graças à largada no pitlane de Yuki Tsunoda] não é a melhor maneira de obter bons resultados".
Vasseur também acha que a situação foi agravada pelo fato de que os pilotos devem ir quase que instantaneamente para suas entrevistas com a imprensa após uma sessão na pista - o que significa que Hamilton não teve a chance de se acalmar.
"A TV abre [entrevistas] cinco minutos depois da corrida quando você tem uma corrida difícil, é muito duro para eles", acrescentou o francês. "Posso entender perfeitamente a adrenalina, a emoção e fazer um comentário um pouco duro a essa altura do fim de semana".
"Eu diria que isso não é normal... Não sei se 'normal' é a palavra certa, mas prefiro que os pilotos sejam muito abertos no final da corrida, quando não fizemos o trabalho perfeito, quando o carro não estava bom, e digam 'ok, estou frustrado', do que alguém que vá à TV e diga 'vocês sabem, pessoal, a equipe é perfeita, o carro é bom, blá blá blá'".
"Nesse caso, você ficaria chateado, mas não pode culpá-los em nenhuma circunstância, e acho que é normal, como seres humanos, às vezes, no rádio ou logo após a sessão, ficar um pouco, não chateado, mas um pouco emocionado".
"Agora, o mais importante não é o que eles dizem na TV, mas o que eles fazem na segunda-feira de manhã com a equipe para tentar fazer melhor e tentar forçar a equipe a fazer melhor - esse é mais o trabalho dos pilotos do que [entrevistas na] TV", concluiu o chefe da Ferrari.
A LIVE pós-GP de Vegas, em debate prévio à desclassificação da McLaren:
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