F1: Por que Mercedes evitou reformulação no W13 apesar de dificuldades iniciais

Diretor de engenharia da equipe alegou que copiar carro mais rápido do grid só os levaria "até um certo ponto"

George Russell, Mercedes W13

A Mercedes não conseguiu desafiar, de forma regular, a Red Bull e a Ferrari na frente do pelotão durante a primeira metade da temporada 2022 da Fórmula 1, enquanto lutava com seu W13. Mas, mesmo assim, preferiu não 'renovar' o conceito do carro pois acreditava que seguir os outros projetos "só os levaria até certo ponto".

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A equipe optou por uma rota de design diferente em comparação com o restante do grid, utilizando uma solução de sidepod 'ultra fina' que foi apelidada de 'zeropod' quando estreou nos testes do Bahrein. À medida em que a temporada avançava, a Mercedes ganhou uma melhor compreensão do seu carro e dos problemas que enfrentou, abrindo caminho para George Russell conquistar a pole na Hungria no fim de julho.

O diretor de engenharia da Mercedes, Andrew Shovlin, explicou que a equipe "não queria seguir o caminho de apenas copiar o carro mais rápido que poderíamos ver", no lugar de ter uma visão a longo prazo com seu conceito de carro. 

"Quando você olha para o futuro a longo prazo como uma equipe, por meio de um conjunto de regulamentos, se você não o entende, copiar só te levará até um certo ponto", disse Shovlin ao Motorsport.com.

"Os elementos mais sensíveis da aerodinâmica do carro existem por baixo dele. Então, a parte que você menos consegue copiar é a parte mais importante de qualquer maneira.

"Eu diria que o conceito estreito do corpo do carro foi provavelmente um ponto de discussão muito maior na mídia que dentro da equipe.

"Mas não estávamos nos agarrando a isso por qualquer tipo de afeição por nossas próprias ideias."

George Russell, Mercedes W13

George Russell, Mercedes W13

Photo by: Andy Hone / Motorsport Images

Shovlin disse que os problemas enfrentados pela Mercedes "não teriam sido resolvidos mudando a carroceria com pressa" e seguindo outras rotas de design para este ano, principalmente devido à pressão do teto orçamentário.

"Precisamos ser muito cuidadosos sobre onde estamos, onde estamos gastando esse recurso e o que não queríamos fazer era embarcar em um projeto que pode levar de quatro a seis semanas para ser entregue", disse Shovlin.

"Queríamos ir passo a passo e verificar: o que estamos fazendo no carro faz sentido com todas as nossas ferramentas e todas as nossas expectativas?

"Porque estávamos quase andando na ponta dos pés nos primeiros passos do desenvolvimento, apenas para ver se poderíamos fazer uma mudança no carro e obter o efeito esperado, no lugar de colocar todas as nossas esperanças para algo que parece fisicamente diferente e que pode, de repente, nos impulsionar para cima no grid."

A Mercedes não descartou mudar o conceito do carro para o próximo ano e seguir uma rota de design no estilo Red Bull, já que a maioria das equipes optou por sua solução de sidepod.

O chefe da equipe, Toto Wolff, disse que a Mercedes "não tem preferência específica" sobre o conceito que segue, mas que a questão é simplesmente "ter o carro mais rápido".

“Nós nunca copiaremos ninguém, mas podemos ver coisas em outros carros que consideramos melhores”, disse Wolff ao Motorsport.com.

"Assim, essas questões fundamentais estão sendo discutidas no momento e serão respondidas até setembro."

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