F1 - Russell: Efeito 'porpoising' nos carros pode criar preocupações de segurança

Fenômeno que faz carros 'quicarem' nas retas sob alta velocidade é consequência do retorno do efeito solo à F1

George Russell, Mercedes W13

George Russell acredita que o "significativo" efeito de porpoising que surgiu na pré-temporada da Fórmula 1 com os novos carros pode significar uma preocupação de segurança para algumas equipes.

Na última semana, as equipes puderam andar pela primeira vez com os carros de 2022 na primeira sessão de pré-temporada em Barcelona, após os dias de filmagem, com quilometragem bastante limitada.

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Logo de cara, um fenômeno que emergiu foi o do porpoising, onde uma estolada no downforce gerado pelo efeito solo fazia com que os carros quicassem para baixo e para cima ao atingir uma certa velocidade nas retas.

A última vez que isso foi visto foi no começo da década de 1980, a última época em que os carros da F1 possuíam o efeito solo. O chefe da Ferrari, Mattia Binotto, disse na quinta-feira que as equipes teriam subestimado o impacto do porpoising, mas após o fim dos testes na sexta, disse ter confiança de que seu time havia superado o fenômeno.

A Mercedes foi notada como uma das equipes que parecia sofrer mais com o efeito, com Russell e seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton, dividindo o carro ao longo dos três dias.

"Acho que você pode ver problemas substanciais com os carros na reta com isso. Então precisamos encontrar um meio termo para sermos mais rápidos na reta. É algo que acredito que nenhuma equipe tenha visto antes. Estamos vendo coisas interessantes por aí".

George Russell, Mercedes W13

George Russell, Mercedes W13

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

Russell disse que enquanto ele não tenha passado muito por isso, não foi nada agradável de sentir o efeito no cockpit, ponderando que as equipes mais afetadas por isso podem enfrentar problemas de segurança.

"Pelo que vi de outras equipes em particular, pode se tornar uma preocupação de segurança, então isso precisa ser resolvido de um jeito ou de outro. Mas há várias pessoas inteligentes ao redor do grid, e tenho certeza de que todos superarão isso mais cedo ou mais tarde".

Uma solução que algumas equipes adotaram para reduzir o efeito é acionar o DRS em mais momentos ao redor da volta, reduzindo a carga aerodinâmica do carro. Carlos Sainz destacou que o efeito impactava mais algumas equipes do que outras e que "tudo depende do ajuste usado".

"É um mundo completamente novo e precisamos entender isso para resolvermos, porque parece que pode ser um assunto neste ano", disse o espanhol.

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