Leclerc: vou "calar a boca em vez de falar no rádio" na próxima vez
Piloto monegasco da Ferrari voltou a falar sobre a reclamação à equipe no GP de Singapura de Fórmula 1
Depois da polêmica da Ferrari no GP de Singapura, onde Charles Leclerc reclamou de suposto favorecimento da equipe ao alemão Sebastian Vettel, o piloto monegasco disse que vai “calar a boca” ao invés de falar no rádio da próxima vez que uma situação parecida ocorrer na Fórmula 1.
Na corrida do último fim de semana, a escuderia italiana chamou o tetracampeão para os boxes antes do jovem de 21 anos, o que enfureceu Leclerc. O vencedor dos GPs de Bélgica e Itália, então, reclamou pelo rádio.
Depois de ouvir as explicações do time de Maranello, que insistiu na estratégia que deu a vitória a Vettel, apesar de Leclerc ter largado na pole, o monegasco disse que não faria nada “estúpido”, mas reiterou que não achava a decisão “justa”.
Após a prova em Marina Bay, o novo piloto da Ferrari minimizou a questão e preferiu destacar a dobradinha em Singapura. Agora, porém, Leclerc voltou a soltar uma declaração polêmica, antes do GP da Rússia, que acontece neste domingo.
De todo modo, o substituto do finlandês Kimi Raikkonen voltou a ser político. "Acredito que minha reação foi bem além do que deveria e isso mostra que ainda tenho muito a aprender”, analisou o #16.
"Naquela situação, não havia necessidade de agir daquela forma. A equipe fez a coisa certa, terminamos em primeiro e segundo. Não teríamos terminado em primeiro e segundo com outra estratégia, e é isso que mais importa”, disse o piloto, que mal sorriu no pódio em Marina Bay (veja abaixo).
"Então eu definitivamente tenho muito a aprender e é isso que mais importa. Tenho muito a melhorar, mas isso não acontecerá novamente no futuro. No carro é sempre muito difícil. Há muita adrenalina. Acordo de manhã pensando em vitória, vou dormir pensando em vitória, então às vezes pode ser difícil”.
“Mas eu só preciso me controlar mais nessas situações e calar a boca em vez de falar no rádio. Vou aprender com isso e tentar fazer com que isso não aconteça novamente. Algumas pessoas podem entender o quanto eu quero ganhar. Algumas outras talvez tenham entendido errado”.
“De qualquer forma, como eu disse, acho que preciso aprender, não havia necessidade, e não há, de estar assim no rádio a qualquer momento durante a corrida, mesmo que haja adrenalina. Acho que isso coloca mais bagunça do que qualquer outra coisa, e é isso. Como eu disse, acho que o mais importante é que a equipe tenha terminado com o primeiro e o segundo lugares, e por isso estou muito feliz”, completou Leclerc.
Visão de Vettel
Questionado sobre o episódio em Singapura, Vettel defendeu seu jovem companheiro de equipe: "Não acho que você deva interpretar muito essas mensagens. Estamos pilotando quando falamos no rádio”.
"Acho que se você fizesse o mesmo com jogadores de futebol ou até mesmo com um jogador de golfe, ficaria surpreso, e não faz sentido tentar entender a razão por trás do que as pessoas dizem quando estão no calor do momento. Isso é bastante normal”.
"Obviamente ele queria vencer, ficou chateado quando percebeu que estava atrás. Se fosse o contrário, eu provavelmente teria ficado igualmente chateado. Faz parte da emoção”, analisou o tetracampeão.
GALERIA: Curiosidades do GP da Rússia de Fórmula 1
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