Mercedes: Hamilton "tem permissão para dizer o que pensa"
Toto Wolff, chefe do time alemão, afirma que Lewis Hamilton não será proibido de dizer o que pensa mesmo após declarações polêmicas em relação ao abandono no GP da Malásia
Os comentários de Lewis Hamilton após a quebra de motor no GP da Malásia continuam repercutindo e gerando questionamentos. Após deixar a prova, o britânico deu declarações sugerindo que algo estranho estava acontecendo e que "algo ou alguém" não queria vê-lo campeão da Fórmula 1 em 2016.
Toto Wolf, chefe da Mercedes, não se abalou com os comentários e garantiu que se sente tranquilo em permitir que Hamilton diga o que pensa. "Qualquer tipo de comentário é permitido após um momento tão frustrante. Imagine você, liderando uma corrida e prestes a reassumir a liderança do campeonato, então seu motor vai para o espaço. Instantes depois, você já tem uma série de microfones à sua frente", disse.
"Ele tem permissão para dizer o que pensa. É um momento em que a emoção toma conta e é algo totalmente compreensível. Todos nós já expressamos nossa frustração em diferentes situações, de maneiras diferentes", afirmou.
Embora Hamilton tenha ficado bastante decepcionado após o abandono, Wolff contou que a situação se acalmou após conversas privadas com a direção da equipe e ressaltou que o episódio não afetará o time.
"Esta equipe já mostrou que fica mais forte após pontos baixos - como em Cingapura, no ano passado. Isso é possível porque permanecemos unidos. Quando voltou para a garagem, ele veio ver Bradley [Lord], Niki [Lauda], a mim e a todos os mecânicos para expressar o que sentia", disse.
"Depois, tivemos uma conversa com ele, em um grupo reduzido, e então reagrupamos toda a equipe e conversamos para que todos retomassem o ânimo. Ele disse coisas boas para o time e espero que isso nos permita uma rápida recuperação para o Japão", afirmou.
Wolff destacou, por fim, o esforço de Hamilton em animar a equipe após o incidente na Malásia. "Embora estivesse muito frustrado com o que aconteceu, ele estava tentando levantar o ânimo da equipe, o que só os grandes fazem", contou.
"Em uma situação daquelas, ele se colocou na frente dos mecânicos e engenheiros e encontrou palavras para animá-los para a corrida seguinte. Foi algo realmente grande da parte dele", completou.
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