Renault: custo na contratação de Ricciardo faz sentido para a equipe
Cyril Abiteboul insiste que a equipe não deixará de investir no carro ou no motor devido à verba desembolsada para convencer o australiano
Diretor esportivo da F1, Cyril Abiteboul insiste que o custo na contratação de Daniel Ricciardo para esta temporada trará valor à equipe, mesmo que ela não espere que a parceria traga vitórias tão já.
Ricciardo tomou uma decisão surpreendente ao trocar a Red Bull pela Renault em 2019 após sentir que era o momento exato para uma mudança.
Por mais que muitos tenham questionado a decisão de Ricciardo do ponto de vista competitivo, o acordo foi facilitado pelo fato de ele ter um pagamento maior do que esperava caso ficasse na Red Bull.
Enquanto a Renault ainda passa pelo processo de reconstrução e não espera lutar por vitórias até 2020, o custo extra da contratação de Ricciardo poderia ser gasto no reforço no corpo de engenheiros ou em infraestrutura.
Mas Abiteboul não tem dúvidas dos benefícios da chegada de um piloto de ponta como Ricciardo, já que considera que é algo que vai além aquilo que ele pode entregar na pista.
“Há um comprometimento financeiro considerável na Renault”, disse Abiteboul ao Motorsport.com.
“Mas não é uma questão de se a Renault pode bancar ou não: ela definitivamente pode bancar, já que nossa rotatividade de pessoal é 40 vezes maior do que da Red Bull. Não há dúvidas quanto a isso.”
“O ponto de interrogação diz respeito ao valor. Faz sentido investir esse tipo de dinheiro em um piloto do nível de Daniel nessa altura de nossa jornada, com o carro que temos, além das outras despesas que temos de assumir? Acreditamos que sim.”
“Houve algumas discussões quanto a isso. Seria melhor investir no carro ou nos pilotos?”
“Acho que chegamos a um ponto em que conseguimos investir em ambos de forma razoável.”
A Renault quer reduzir a diferença para o top 3, que contou com Mercedes, Ferrari e Red Bull nas últimas temporadas.
“Eu gostaria de dizer também que o acordo comercial com Daniel é extremamente sensível, nem de perto daquilo que pode existir em outras equipes na F1”, acrescentou Abiteboul.
“Obviamente é algo condizente ao seu nível de habilidade e talento, além daquilo que ele pode trazer a equipe. Mas não é uma quantia estúpida de dinheiro.”
“Então, acho que tudo foi feito de forma sensível, e não de forma que seria prejudicial à equipe para que possamos continuar gastando no desenvolvimento do carro e do motor.”
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