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Renault promete motor inteiramente novo para 2019

A Renault planeja construir um motor totalmente novo para a temporada de 2019 da F1 na tentativa de encostar em Mercedes e Ferrari.

Carlos Sainz Jr., Renault Sport F1 Team R.S. 18

Apesar de ter havido sugestões de que a fabricante francesa usaria sua última especificação C como a base para 2019, agora a fabricante revelou que trabalha em uma mudança total em sua base de Viry-Chatillon.

Diretor esportivo da Renault, Cyril Abiteboul disse que a decisão pelo motor inteiramente novo foi tomada por detectar que havia limitações com a atual estrutura, algo que veio à tona com a especificação C.

“É um novo motor”, disse Abiteboul ao Motorsport.com. “Uma das razões para isso, o que explica por que a especificação C não estava entregando mais em termos de performance, é porque estamos impedidos pela limitação estrutural do [atual] motor.”

Abiteboul disse que a Renault estava se esforçando bastante para dar um passo à frente com sua unidade de potência em 2019, mas estava atento em equilibrar a busca por mais velocidade diante da possível perda de confiabilidade.

“Dada a ambição em termos de melhora de potência para o ano que vem, praticamente todo o motor será novo. Não só o ERS, porque há pouca potência e pouca performance para extrair dali, mas o resto do motor a combustão será novo.”

“É por isso que precisamos ser um pouco cuidadosos, e é por isso que precisamos ser extremamente drásticos e ter muita disciplina no planeamento para garantir que não estaremos nos colocando em posição difícil no começo da temporada.”

A Renault se disse encorajada, porém, pelo progresso que está apresentando no dinamômetro – com Abiteboul pensando que os avanços da empresa em 2018 foram disfarçados pela impossibilidade de introduzir novas peças devido ao limite de componentes por temporada.

“Estamos bem avançados no dinamômetro”, comentou. “Já completamos muita quilometragem no dinamômetro.”

“Tivemos duas peças que eram um problema neste ano: o turbo e o MGU-K. Com o MGU-K, estamos andando e não tivemos problemas até agora, seja no dinamômetro ou na pista.”
“A última especificação do turbo também parece OK, mas ela não está em todos os carros porque há a situação de que sua estreia pode significar uma punição.”

“É isso que é bobeira com as atuais regras. Mesmo se você tem uma peca melhor, você não pode se dar ao luxo de introduzi-la, porque há todas essas punições e consequências esportivas. Isso é loucura.”

“Estamos gastando dinheiro para melhorar as peças, você a aprova no dinamômetro, ela é construída, está disponível, mas não pode colocá-la no carro.”

“Isso é uma loucura. Realmente há algo de errado aqui. Mas, enfim, é por isso. Os dois problemas já foram abordados.”

Abiteboul explicou que a decisão de ir com um motor totalmente novo para 2019 foi fruto da crença de que todas as fabricantes ainda buscam ganhos significativos com os atuais V6 híbridos – o que significa que elas não podem se dar ao luxo de recuar e ficar onde estão.

“Em minha opinião, o que recompensa mais na F1 é estabilidade, estabilidade de objetivo, de visão, da organização, das prioridades”, disse. “Mas, ao mesmo tempo, ser corajoso o suficiente para olhar o que não está bom e o que não está funcionando.”

“É exatamente o que tenho a responsabilidade de fazer com o resto da equipe administrativa. E uma das coisas que me pega é que a curva de desenvolvimento do motor não para, e isso é incrível.”

Artem Markelov, Renault Sport F1 Team R.S. 18

Artem Markelov, Renault Sport F1 Team R.S. 18

Photo by: Andrew Hone / LAT Images

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