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Brasileiros, guerra de montadoras e 'novo' Mundial: sete motivos para você não perder a nova temporada da Fórmula E

Categoria inicia nesta sexta sua sétima temporada, a primeira como Campeonato Mundial da FIA

Oliver Rowland, Nissan e.Dams, Nissan IMO2

Neste final de semana, a Fórmula E inicia a sétima temporada da história da categoria com uma rodada dupla em Diriyah, na Arábia Saudita. E em meio às primeiras provas noturnas do campeonato, há muita coisa em jogo, dentro e fora do grid.

Por isso, o Motorsport.com montou um guia especial da temporada 2021, explicando em sete pontos porque você não deve perder a Fórmula E neste ano.

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Novo Mundial do pedaço

A partir desta temporada, a sua sétima, a Fórmula E passa a ganhar status de Campeonato Mundial da FIA, igualando-se a outras categorias como a Fórmula 1, o Campeonato Mundial de Endurance (WEC), o Campeonato Mundial de Rally (WRC) e mais. 

Para ganhar esta distinção, uma categoria sancionada pela Federação Internacional de Automobilismo precisa cumprir duas diretrizes fundamentais: correr em pelo menos três continentes diferentes por ano e contar com pelo menos quatro montadoras envolvidas no campeonato.

Em termos de montadoras, a F-E cumpre sem nenhum problema, contando com Audi, Jaguar, Porsche, BMW, Nissan, DS e mais. Já nas corridas, a categoria visita pelo menos três continentes desde a sua primeira temporada, 2014-15. África, Europa, Ásia e Américas já estão na lista deste ano.

Brasileiros no grid

A Fórmula E segue sendo uma categoria com representação brasileira constante. Lucas di Grassi é um dos poucos pilotos que disputou todas as provas da história do campeonato até aqui, e manterá a marca ao longo deste ano, em sua sétima temporada consecutiva com a Audi (que era Abt Audi nos primeiros anos).

O brasileiro, de 36 anos, foi campeão da temporada 2016-17 e é um dos pilotos de maior sucesso da história da F-E, ficando entre os três primeiros colocados em cinco das seis temporadas já disputadas até aqui, acumulando 10 vitórias e 33 pódios, sendo o recordista do grid neste quesito.

E agora di Grassi terá a companhia de Sérgio Sette Câmara, que já havia disputado a maratona de provas em Berlim na temporada passada com a Dragon e agora foi confirmado como piloto titular da equipe. No ano passado, Sette teve uma curva de aprendizado rápida, conseguindo duas largadas no top 10 nas corridas finais. Mas não conseguiu repetir os resultados na corrida devido ao carro pouco confiável da Dragon. O piloto de 22 anos terá uma boa oportunidade para mostrar serviço e buscar uma vaga em equipes mais de ponta para o futuro.

Confira o grid da Fórmula E para a temporada 2021:

Jean-Éric Vergne, DS Techeetah (Campeão 2017-18 e 2018-19)
António Félix da Costa, DS Techeetah (Atual campeão)
Stoffel Vandoorne, Mercedes (atual vice-campeão)
Nyck De Vries, Mercedes
Robin Frijns, Virgin Racing
Nick Cassidy, Virgin Racing
Sérgio Sette Câmara, Dragon Racing
Nico Müller, Dragon Racing
Lucas Di Grassi, Audi (Campeão 2016-17)
René Rast, Audi
Oliver Turvey, NIO 333
Tom Blomqvist, NIO 333
Sam Bird, Jaguar
Mitch Evans, Jaguar
Sébastien Buemi, Nissan (Campeão 2015-16)
Oliver Rowland, Nissan
Jake Dennis, BMW Andretti
Maximilian Gunther, BMW Andretti
Alexander Sims, Mahindra
Alex Lynn, Mahindra
Andre Lotterer, Porsche
Pascal Wehrlein, Porsche
Edoardo Mortara, Venturi
Norman Nato, Venturi
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Velhos conhecidos e novas praças

A categoria inicia sua temporada neste final de semana com uma rodada dupla em Diriyah, que recebe a F-E pela terceira vez. Mas as provas trazem uma novidade para o campeonato: as primeiras etapas noturnas de sua história. Para isso, o Circuito de Riyadh passou por reformas para a implementação do sistema de iluminação.

Após a passagem pela Arábia, outras seis provas já estão confirmadas, incluindo duas pistas inéditas. Enquanto o eP de Roma ganhará um novo traçado, a etapa de Valência é uma novidade, sendo apenas a segunda pista permanente que a categoria corre em sua história.

Ainda teremos provas em Mônaco, na versão reduzida do tradicional circuito do principado, a volta de Marraquexe, que não havia sido incluída nos planos originais para a temporada, e uma rodada dupla no Chile fechando as etapas já confirmadas.

Mas a categoria não quer parar por aí. O objetivo é que esta temporada tenha até 15 etapas. A F-E pretende aproveitar sua passagem pelo Chile para fazer uma sequência de provas no continente americano, incluindo México e Estados Unidos na sequência. Além deles, outras sedes estão com as etapas suspensas, ainda sem datas: Berlim, Londres, Sanya (China) e Seul. A terceira e última leva de provas deve ser anunciada em março.

Confira o calendário da temporada 2021 da Fórmula E:

26 de fevereiro - Diriyah (Arábia Saudita) - Prova Noturna

27 de fevereiro - Diriyah (Arábia Saudita) -Prova Noturna

10 de abril - Roma (Itália)

24 de abril - Valência (Espanha)

08 de maio - Mônaco

22 de maio - Marraquexe (Marrocos)

05 de junho - Santiago (Chile)

06 de junho - Santago (Chile)

Guerra de montadoras

Como mencionado anteriormente, a F-E tem presença de sobra de montadoras. Com os principais mercados do mundo voltando-se para a eletrificação, como Europa e Japão, muitas marcas viram a categoria como forma de desenvolver rapidamente a nova tecnologia para aplicar em suas produções de carros de rua.

Por isso, em apenas poucos anos, a F-E passou a ser um dos principais destinos para algumas das maiores marcas do mundo, como Jaguar, Porsche, BMW, Audi, Nissan, DS e mais. Um prato cheio para fãs do esporte a motor.

Despedida de BMW e Audi e aproximação de novas marcas

Assim como em outras categorias do esporte a motor, a participação de montadoras acaba sendo algo cíclico e, por isso, a F-E terá duas baixas após esta temporada: Audi e BMW anunciaram suas saídas ainda no ano passado, com a primeira afirmando que sua saída estava condicionada a um retorno à Le Mans no futuro.

Mas a categoria não se deixou abalar com a possibilidade de saída. Segundo Jamie Reigle, CEO da F-E, já existem outras montadoras interessadas na compra das vagas. A Audi inclusive já está próxima de fechar um acordo.

Já sabemos a identidade de alguns nomes interessados em integrar a categoria em um futuro próximo: McLaren, que assinou uma opção de entrada para a temporada 2022-23 e um possível programa conjunto entre Alpine e Lotus.

Muitos favoritos ao título

Diferente da F1, o domínio de uma equipe é mais incomum na F-E. Só recentemente que tivemos a ascensão da DS Techeetah, que venceu os últimos três campeonatos de pilotos, dois com Vergne e um com Da Costa, e dois de construtores. Mas a variedade de vencedores é grande. No ano passado, foram oito em 11 provas.

Por isso, não é de surpreender que o grid esteja repleto de pilotos que certamente estarão vivos na luta pelo título: os já campeões Vergne, Da Costa, Di Grassi e Buemi, Vandoorne, vice-campeão da temporada passada, Rowland, Evans, Wehrlein, Bird são nomes para se prestar atenção.

Novas casas no Brasil

Depois de seis anos no Fox Sports, a F-E terá uma nova casa no Brasil. Aliás, uma nova não: duas. Na semana passada, a TV Cultura confirmou que fará as transmissões da categoria em TV aberta com o ex-narrador do Fox Sports, Marco de Vargas e o jornalista Fábio Seixas a cargo. A Cultura, ligada ao governo de São Paulo, confirmou que vai apostar em uma cobertura multiplataforma, com transmissões também em seu site.

Já na TV fechada, a categoria passará a ser transmitida pelo SporTV, que busca aumentar novamente seu portfólio de esporte a motor após a perda da F1 para a Band no início deste mês e depois de desistir das transmissões da MotoGP antes do início da temporada 2020. No primeiro final de semana, a narração será de Bruno Fonseca com comentários de Rafael Lopes.

Confira os horários:

Evento Dia Horário (Brasília)
Treino Livre 1 Quinta-feira 12h15
Treino Livre 2 Sexta-feira 8h
Classificação 1 Sexta-feira 10h
Corrida 1 Sexta-feira 14h
Treino Livre 3 Sábado 7h45
Classificação 2 Sábado 10h
Corrida 2 Sábado 14h

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Guilherme Longo
Fórmula E
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