Di Grassi: erro de cálculo gerou desclassificação no México
Lucas di Grassi explicou em detalhes ao Motorsport.com os motivos que levaram à desclassificação no ePrix do México, vencido pelo brasileiro na pista
Um problema com o consumo de bateria, que levou a um equívoco de cálculo do engenheiro da ABT Audi, combinado ao elevado desgaste de pneus - gerado pela agressividade necessária para superar os carros da e.Dams - foi o que levou o carro de Lucas di Grassi a ser desclassificado do ePrix do México, prova vencida pelo brasileiro na pista.
Na inspeção técnica após a prova, entretanto, o Abt Schaeffler FE01 estava 1,8 kg abaixo do peso mínimo (incluindo o piloto), que é de 888 kg.
"Em todas as corridas tentamos estar o mais próximo do peso mínimo para tentar alcançar o pessoal da e.Dams. Nós analisamos os dados após a corrida. O carro que foi desclassificado por estar abaixo do peso foi o primeiro - o segundo estava dentro do peso mínimo", disse di Grassi ao Motorsport.com.
"Tivemos um problema de bateria no início do primeiro treino livre no primeiro carro. O pessoal da Williams cuidou dos reparos durante o dia todo e este carro só ficou pronto uma hora antes da prova, então não tivemos tempo para recalcular o peso", afirmou, explicando os detalhes que levaram ao erro de cálculo.
"Você precisa das correias e de outros componentes. Trocamos as correias de um carro para outro e o engenheiro acabou não levando isso em consideração. Foi um pequeno erro de cálculo e tivemos um desgaste de pneus mais elevado do que esperávamos, o que nos levou ao déficit de peso."
"Com o outro carro, estava tudo certo - foi com este que fizemos a classificação. É algo estranho, os carros são exatamente iguais, com os mesmos componentes e com a mesma quantidade de lastro que utilizamos em todas as provas. Além disso, o carro desclassificado estava dentro do peso mínimo na noite anterior e não foi como se eu tivesse perdido mais líquido durante a prova ou chegado em um peso diferente para o final de semana no México."
Exclusão no México diferente da de Berlim
É a segunda vez em um espaço de um ano que di Grassi perde uma vitória sendo desclassificado - em maio do ano passado, o brasileiro venceu o ePrix de Berlim na pista, mas a ABT foi penalizada por ter alterado uma parte da asa dianteira e das proteções das rodas - algo que ainda deixa o piloto contrariado. Além disso, di Grassi ressalta que as situações em Berlim e na Cidade do México são diferentes.
"Perdi o campeonato no ano passado por essa situação. As regras são claras e temos que aceitá-las, mas aquela desclassificação após um conserto feito às pressas em uma parte que não exerce qualquer efeito na performance, então considero a punição um erro", disse.
"Neste caso, houve um pequeno erro da equipe. Ainda assim, venci com 6s de vantagem, então essa diferença de peso não fez tanta diferença. Mas aceito a punição, precisamos seguir as regras", completou.
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