MotoGP - Câmera 'flagra' primeiros comentários de Márquez sobre moto da Ducati:"É muito menos física que Honda”
Vazamento divulgado nas redes sociais revelou os primeiros comentários de espanhol aos seus novos técnicos, depois de ter estreado na passada terça-feira
Na última terça-feira, finalmente aconteceu um dos dias mais esperados dos últimos anos na MotoGP. Marc Márquez deu as primeiras voltas aos comandos daquela que será, pelo menos para a próxima temporada, a moto da equipe Gresini Racing com a qual tentará recuperar seu prestígio.
O espanhol impressionou todos que acompanharam. Ele completou um total de 49 voltas, com seu melhor giro o colocando na quarta posição da tabela de tempos, como segundo melhor piloto da Ducati – Marco Bezzecchi terminou logo à frente – a menos de dois décimos atrás de Maverick Viñales, o mais rápido de todos.
Dado que os compromissos que ainda mantém com a Honda e outros patrocinadores, ele não pôde fazer qualquer tipo de declaração e o único testemunho que se pôde extrair do primeiro contato do #93 com o GP23 foi o sorriso que ele apresentou a Frankie Carchedi, seu novo engenheiro de pista, e os comentários de Michele Masini, diretor esportivo de Gresini, que descreveu o dia como "incrível".
No entanto, uma câmara indiscreta que não parava de gravar numa das entradas da garagem do piloto, registrou uma conversa entre Márquez e Carchedi, na qual o piloto transmitiu os seus sentimentos sobre o comportamento da moto.
Logicamente, o catalão tem como referência a moto que pilotou nos últimos 11 anos, em toda a sua vida na MotoGP. Em linhas gerais, ele destacou o nível de tração da Ducati, bem como a agilidade nas mudanças de direção, circunstância que a torna muito menos exigente que a Honda do ponto de vista físico.
"Você tem muita aderência na traseira. Em termos físicos, a Ducati é bem menos exigente que a Honda. Com ela é muito fácil mudar de direção. Notei muito isso entre as curvas 9 e 10, e 12 e 13", explicou Márquez, nesses pouco mais de dois minutos de filmagem. Na sua apresentação, ele também deixou claro que ainda não se sente confiante para entrar nas curvas com total segurança.
“Quando freio na vertical não consigo fazer de forma agressiva, porque se fizer isso, ela levanta por trás e nesse momento a moto começa a ficar instável. Ainda não tenho confiança suficiente para entrar em ação", disse Márquez.
"Além disso, não se trata de como guiar. Se você fizer isso, o eixo dianteiro se moverá e o derrubará. Você tem que frear antes de entrar", disse Márquez, que voltou para Madri após o treino, onde no dia seguinte [quarta-feira] fez mais uma cirurgia.
Na quinta-feira, Márquez embarcou em um avião para Tóquio, onde neste fim de semana participará do Honda Thanks Day, que provavelmente será o seu último serviço para a marca japonesa.
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