Análise

ANÁLISE: Os vencedores e perdedores da pré-temporada da F1 2021

Após três dias de muita movimentação na pista do Bahrein, é hora de analisarmos o que cada equipe entregou na pré-temporada da F1 2021

Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B

Depois de três dias de muita movimentação no Circuito Internacional de Sakhir, no Bahrein, a pré-temporada da Fórmula 1 chegou ao fim com Max Verstappen, da Red Bull, marcando o melhor tempo do final de semana e sua “equipe irmã”, a AlphaTauri, sendo a que mais andou.

Agora, é hora de olharmos mais a fundo no que vimos ao longo da pré-temporada. Nesta análise, o Motorsport.com elege as equipes “vencedoras” e “perdedoras” da pré-temporada e o que suas performances podem dizer sobre o campeonato de 2021.

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Vencedores:

Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B

Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B

Photo by: Charles Coates / Motorsport Images

Red Bull

Sem dúvidas, a grande vencedora da pré-temporada de 2021. A equipe austríaca mostrou a que veio ao longo dos três dias, com Max Verstappen e Sergio Pérez entregando boas performances e maximizando sua presença na pista, mesmo sendo a quarta equipe com menos voltas completadas. A equipe austríaca sobre construir em cima do momento positivo que teve no final de 2020.

As mudanças para 2021 junto com o novo motor Honda surpreenderam até mesmo a Mercedes, com Lewis Hamilton afirmando que os rivais estarão bem mais próximos em 2021.

É bom fazer ainda um destaque à AlphaTauri, que também foi um dos destaques da pré-temporada. Além de ter sido a equipe que mais andou, com 422 voltas completadas, Pierre Gasly e Yuki Tsunoda entregaram bons tempos ao longo dos três dias. Pode ser um bom passo para a equipe se aproximar do pelotão do meio.

Charles Leclerc, Ferrari SF21

Charles Leclerc, Ferrari SF21

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

Ferrari

A equipe italiana vinha com uma grande expectativa para 2021, buscando deixar para trás o fantasma do desastroso 2020. E as primeiras impressões são positivas, com Leclerc afirmando que a sensação do carro foi boa ao longo do final de semana.

A Ferrari sabe que não vai voltar a lutar por vitórias em 2021, mas busca ter performances mais constantes e lutar pela liderança do pelotão do meio. E, para isso, conta com dois “trunfos”: um novo motor, que recuperava parte da potência perdida, além de uma traseira refeita com as fichas de desenvolvimento. Até aqui, parece que o SF21 é sim uma evolução em comparação com o desastroso SF1000. Só que o caminho até a liderança do pelotão do meio não será nada fácil.

Lando Norris, McLaren MCL35M

Lando Norris, McLaren MCL35M

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

McLaren

No primeiro ano da reedição da parceria com a Mercedes, a McLaren entregou uma pré-temporada sólida. Mesmo sendo uma das equipes que menos acumulou voltas ao longo dos três dias, tanto Lando Norris quanto Daniel Ricciardo saíram felizes com o primeiro contato com o carro.

A integração do motor ao chassi, que era uma preocupação inicial, parece ter ficado no passado. A equipe ainda trouxe inovações interessantes, como o ‘truque’ no difusor, que pode ajudar a contornar as mudanças obrigatórias. Com uma dupla sólida de pilotos, pode ser uma candidata à ponta do pelotão do meio.

Perdedores:

Valtteri Bottas, Mercedes W12

Valtteri Bottas, Mercedes W12

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

Mercedes

Enquanto a Red Bull teve uma pré-temporada tranquila, com poucos incidentes, o mesmo não pode ser dito da Mercedes. A equipe alemã teve problemas desde o primeiro dia, quando Valtteri Bottas passou a maior parte da manhã de sexta na garagem por problemas no câmbio.

Ao longo dos dias seguintes, tanto Bottas quanto Lewis Hamilton apontaram alguns problemas que o W12 tem, em especial a traseira, que o finlandês chamou de “ágil, mas implacável”. Realmente, foi muito comum ver ao longo do final de semana que o carro não é dos mais fáceis de ser controlado, com os pilotos saindo de traseira em diversos momentos.

A Mercedes parece ter sido bastante afetada pelas mudanças obrigatórias no assoalho, duto de freio e difusor, que visavam reduzir o downforce. E isso levou a uma série de consequências, a começar com um carro que parece estar longe de ser equilibrado. Esse, por sua vez, fez com que a equipe alemã terminasse a pré-temporada como a que menos andou, um fator preocupante para qualquer time, principalmente com uma janela de testes tão reduzida em comparação com anos anteriores.

Apesar dos problemas, ainda é muito cedo para descartar o favoritismo da equipe alemã para 2021. Nas sete pré-temporadas anteriores, a Mercedes terminou como a mais rápida em apenas duas ocasiões. Mas isso não a impediu de estabelecer um dos maiores domínios da história da F1.

Outro fator que contribui para manter a aposta na Mercedes é a estrutura interna. A equipe é uma das mais completas e competentes de toda a F1 na atualidade. Se há alguém que capaz de superar rapidamente seus problemas e se posicionar novamente como a força a ser batida na categoria, é a Mercedes.

Sebastian Vettel, Aston Martin AMR21

Sebastian Vettel, Aston Martin AMR21

Photo by: Glenn Dunbar / Motorsport Images

Aston Martin

Havia muita expectativa com relação à estreia da Aston Martin na F1, principalmente porque seguiria o bom momento criado pela Racing Point em 2020. Mas o que se viu foi o oposto disso: um carro com diversos problemas que fizeram com que Sebastian Vettel e Lance Stroll tivessem que passar boas horas na garagem.

Com a boa primeira impressão das outras equipes do pelotão do meio, a Aston terá que ser rápida para resolver esses problemas e evitar ganhar a denominação de “Ferrari de 2021”: uma equipe que vinha bem no ano anterior, e acaba regredindo na temporada seguinte.

Mick Schumacher, Haas VF-21

Mick Schumacher, Haas VF-21

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

Haas

Para ser honesto, já não era possível esperar muito da Haas para este ano. A equipe vai basicamente cumprir tabela, já que seu foco está em 2022, abandonando o desenvolvimento do carro de 2021 desde já. Tanto que nem chegou a usar as fichas de desenvolvimento que tinha direito.

Mas o que mostrou no Bahrein chega a ser um pouco mais preocupante. O carro deste ano é basicamente o de 2020 com as mudanças obrigatórias de 2021, sem de fato trazer alguma novidade. Por isso, a Haas e seus pilotos, Mick Schumacher e Nikita Mazepin, sofreram ao longo do final de semana. Pode ser o prenúncio de um ano muito difícil para a equipe, que corre o risco de cair para o último lugar no Mundial de Construtores.

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Guilherme Longo
Fórmula 1
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