F1: Alpine à venda? CEO da Renault revela o que fará com equipe

Luca de Meo, diretor da montadora francesa, acredita que negociar Alpine seria 'estúpido', mesmo que, segundo ele, hajam vários potenciais compradores

Pierre Gasly, Alpine A524, Esteban Ocon, Alpine A524, out of the pit lane

A Renault colocou um ponto final nas especulações de que a Alpine, equipe do Grupo na Fórmula 1, poderia ser vendida, ainda que tenha recebido muitas ofertas. De acordo com o CEO da montadora, Luca de Meo, em entrevista à revista Autocar, fazer isso seria "estúpido", e não há interesse da chefia em negociar mesmo uma parte da escuderia.

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A Alpine teve um início complicado na temporada de 2024, com o carro A524 começando a temporada no final do grid e marcando apenas dois pontos antes do GP do Canadá. Essas dificuldades geraram rumores de que a controladora Renault poderia tentar "se livrar" dela.

Um potencial comprador seria a Andretti, que foi aconselhada pela FIA a adquirir uma equipe para garantir um lugar no grid. A empresa chinesa Geely também estaria pensando em fazer um envolvimento.

Luca de Meo, no entanto, foi enfático ao afirmar que, apesar das atuais dificuldades da Alpine, não tem interesse em vendê-la completamente, ou mesmo somente uma parte. Em entrevista à Autocar, ele disse: "Não há como desistirmos (da Alpine)".

“Não é meu estilo e não precisamos do dinheiro. Já tive ofertas a torto e a direito e falando sobre isso na imprensa, mas não estamos interessados. Seria estúpido", complementou o executivo, afirmando que teria compradores caso estivesse inclinado a uma negociação.

Luca de Meo (ao centro) não tem interesse em vender a Alpine na F1

Luca de Meo (ao centro) não tem interesse em vender a Alpine na F1

De Meo não nega que o atual desempenho da Alpine na F1 não é bom o suficiente. Segundo ele, uma combinação de erros com o motor e o chassi é o motivo da situação atual. "Fomos campeões mundiais com a Red Bull, mas com a (unidade) híbrida as coisas deram errado", pontuou.

"Mesmo o motor que desenvolvemos em 2021 tinha uma desvantagem de 0s2 a 0s5 a cada volta. E este ano estragamos o carro. Se juntar tudo isso, estamos a 1s5 de onde deveríamos", adicionou, idealizando qual seria o desempenho ideal para a escuderia.

Para chegar aos números projetados, seriam necessários três elementos-chave para a Alpine, conta De Meo: "Uma equipe de qualidade, com pessoas de primeira linha; obsessão por vencer; e a colaboração e a confiança, um espírito de cooperação que faz as coisas parecerem mais fáceis.

Mesmo que não seja, atualmente, uma equipe de topo, o diretor não a vê como de fundo de grid. Na verdade, é uma das mais "cascas-grossas", por contar com o apoio da Renault. "Por isso, precisamos trabalhar arduamente", reiterou.

“Claro, cometemos erros, mas acho que estamos certos em colocar a F1 no coração da Alpine e pintar o carro de azul para representar uma identidade. Essa marca é totalmente legítima porque sempre foi competitiva. Podemos fazer melhor e não quero perder essa oportunidade", finalizou De Meo.

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