Análise

F1: Chefe da Williams vê Sainz como segundo melhor piloto do grid

Carlos Sainz ocupará o assento da Williams a partir de 2025 e chocou com a notícia

Carlos Sainz, Scuderia Ferrari, 1st position, on the podium

James Vowles, chefe da Williams, tem um bom histórico de conquistas na Fórmula 1 - incluindo ajudar a Brawn e Mercedes a ganhar títulos mundiais na categoria. Após assinar com Carlos Sainz para 2025, o líder da equipe acredita que alcançou mais um objetivo.

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O novo contrato assinado com o piloto da Ferrari para 2025 e mais alguns anos - que não foram definidos -, marca mais uma conquista importante para a carreira de Vowles.

O chefe da Williams coloca grandes expectativas na decisão de colocar Sainz ao lado de Alexander Albon. James, inclusive, está chocado que conseguiu assinar com quem ele considera "um dos quatro melhores pilotos do grid, se não o segundo".

Vowles também disse que não consegue acreditar que a Mercedes e a Red Bull não lutaram mais para ter Sainz em um de seus assentos para a próxima temporada. Ao ser questionado sobre seus sentimentos em relação à escolha do espanhol, ele explicou:

"A resposta é curta para isso, porque eu o classifico como um dos quatro melhores pilotos, se não, às vezes, o piloto número dois no grid. Por que você não iria querer isso no seu carro?"

"No meu ponto de vista, os competidores estão cada vez mais próximos um do outro. Então, a diferença é o que cada piloto pode fazer e não me refiro apenas em termos de desempenho".

Vowles também analisou o ritmo de Carlos em outras equipes que passou nos últimos anos. É importante relembrar que o piloto começou sua carreira na F1 na Toro Rosso em 2015, se mudou para a Renault em 2017 e para McLaren em 2019, onde ficou por apenas duas temporadas antes de assinar com a Ferrari.

"Olhe para o Carlos e todas as equipes que ele já esteve. Eles melhoraram significativamente".

James Vowles, Team Principal, Williams Racing

James Vowles, Team Principal, Williams Racing

Photo by: Williams

Buscando garantir o espanhol na Williams, Vowles contou que passou muito tempo conversando com Sainz por telefone - tanto tempo que até sua esposa, Rachel Rolph, começou a duvidar sobre a relação dos dois.

"Eu entendo, depois de passar os últimos nove meses falando com ele pelo menos uma vez por semana, se não todos os dias, Rachel, minha esposa, ficou muito, muito confusa sobre a nossa relação devido ao meu contato com Sainz".

Apesar disso, as muitas conversas foram o suficiente para fazer com que James entendesse o desempenho de Carlos em pista.

"O que percebi com ele é que ele é uma máquina de desempenho. Ele absolutamente fará tudo o que for preciso, dentro de seu poder, para não transformar apenas a si mesmo, mas também a equipe ao seu redor ao mesmo tempo. E isso é poderoso. Isso vale mais do que o que ele consegue dirigir o carro".

Isso seria um ponto importante, que faria com que a Mercedes e a Red Bull entrassem na disputa para assinar com Sainz, mesmo que Vowles acredite que os chefes das equipes tenham seus próprios motivos para não o fazer.

"Quando você está na posição da Red Bull, onde você tem um campeonato de construtores em risco, é sempre uma decisão difícil. Mas sim, eu teria Carlos ao lado de Max", avaliou.

"Se você está na Mercedes, é uma escolha difícil. Mas acho que eles oscilaram entre não serem competitivos, nessa caso, faz sentido investir no futuro, para serem muito competitivos. E agora é uma decisão mais difícil se você investe em desempenhos conhecidas ou desconhecidos".

Vowles acredita que Sainz não é apenas um piloto que tem muita garra para vencer com a Williams, mas também uma pessoa que pode causar um bom impacto na equipe que batalha para sair do fundo do grid.

"Eu realmente acredito no que estamos fazendo, a direção que tomamos e porque isso será um sucesso. Eu acredito no Carlos também, se você precisar escolher alguém que fará a diferença".

Carlos Sainz, Ferrari

Carlos Sainz, Ferrari

Photo by: Ferrari

Recentemente começaram a circular rumores que a contratação de Sainz pela Williams seria ainda mais benéfico para a equipe, já que o espanhol traria consigo alguns patrocinadores importantes. Ao comentar o assunto, Vowles disse que "esse não é bem o caso".

"Esse é o molho secreto de como administrar uma equipe de F1: fundamentalmente, você a trata como uma startup. Você tem que colocar suas finanças em um piloto, ou dois pilotos, na verdade, na circunstância que você sabe que estará impulsionando a equipe para a frente".

"Não é como se você tivesse imediatamente, da noite para o dia, o telefone tocando e alguém lhe oferecendo 20 milhões. Não é assim que acontece, mas é parte da jornada que faz seu caminho".

O chefe da Williams ainda revelou que está mantendo conversas constantes com alguns patrocinadores há seis meses, mas será necessário muito tempo para que grandes decisões sejam tomadas, afinal, é necessária muita negociação.

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