Fórmula 1 GP de Singapura

F1: FIA considera tomar medidas em relação às asas traseiras flexíveis da McLaren

Imagens da peça em Baku chamaram a atenção da regulamentadora que irá investigar a situação mais uma vez

Lando Norris, McLaren MCL38, makes a pit stop

Após imagens da asa traseira das McLarens chamarem a atenção durante o GP do Azerbaijão, quando a peça mostrou um 'mini-DRS' nas retas, a FIA, Federação Internacional de Automobilismo, está considerando tomar medidas sobre o assunto que envolvem todas as outras equipes de Fórmula 1.

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No último fim de semana, foi observado que a asa traseira de ambas as McLarens apresentava uma pequena abertura quando os carros alcançavam altas velocidades, mesmo sem a ativação de fato do DRS. O assunto virou uma grande polêmica, principalmente após a vitória de Oscar Piastri.

Esse comportamento da peça não atende as regras da FIA, uma vez que as zonas de DRS são delimitadas e os pilotos não podem usar a configuração fora desses espaços. O DRS permite reduzir o arrasto do carro e aumentar a velocidade máxima, permitindo ultrapassagens.

A dominância da McLaren levantou questões no paddock e fez com que diversas equipes pedissem esclarecimentos sobre o que é ou não permitido para a flexibilidade das asas traseiras. No entanto, antes da etapa, a FIA já havia revelado que todos os times estavam dentro da legalidade e ninguém seria punido.

Porém, agora, o órgão regulamentador está analisando as imagens e dados conseguidos após Baku para decidir se alguma sanção será aplicada ao time de Woking.

"A FIA está monitorando de perto a flexibilidade da carroceria de todos os carros e se reserva o direito de solicitar às equipes que façam modificações a qualquer momento durante a temporada", diz comunicado da FIA.

Oscar Piastri, McLaren MCL38 rear wing, Azerbaijan GP

Oscar Piastri, asa traseira do McLaren MCL38, GP do Azerbaijão

Foto de: Giorgio Piola

"No entanto, se uma equipe passar com sucesso em todos os testes de flexibilidade e aderir aos regulamentos e diretrizes técnicas, ela será considerada em total conformidade e nenhuma outra ação será tomada".

"A FIA está atualmente analisando os dados e qualquer evidência adicional que tenha surgido do GP de Baku e está considerando quaisquer medidas atenuantes para implementação futura".

"Isso faz parte do processo padrão de análise da legalidade técnica, e a FIA mantém a autoridade para introduzir mudanças regulatórias durante a temporada, se necessário".

Como a asa traseira da McLaren foi aprovada nos testes obrigatórios de flexão feita nos boxes, não há dúvida de que ela está em total conformidade com os regulamentos atuais.

No entanto, o debate surge para entender se o projeto é pensado deliberadamente para a asa flexionar da maneira que ela faz vai e se isso vai contra a orientação da FIA em termos do que é considerado flexão aceitável.

Em uma diretriz técnica (TD34) ainda em vigor da FIA que oferece diretrizes sobre as asas flexíveis, fica claro que certos comportamentos não serão tolerados, mesmo que as asas sejam consideradas legais nos boxes.

Como a F1 se afastou do controle sobre questões de flexão

Ainda na nota publicada pela FIA, a regulamentadora diz que não considera legais "projetos cujas características estruturais são alteradas por parâmetros secundários, de modo a produzir (durante a corrida na pista) uma característica de deflexão diferente daquela quando parado durante as verificações da FIA. Exemplos de parâmetros secundários podem ser temperatura, carga aerodinâmica etc".

Os chefes de equipes rivais estão de olho nos desenvolvimentos da McLaren, em meio a uma pressão por maior clareza sobre o que é considerado aceitável.

McLaren MCL38 technical detail

Detalhe técnico do McLaren MCL38

Foto de: Jon Noble

Um chefe de equipe disse ao Motorsport.com: "A elasticidade aerodinâmica tem sido um fator há muitos e muitos anos e, mesmo que uma asa passe no teste da FIA, os regulamentos permanecem muito claros - o componente não pode ser projetado para flexionar.

"Contamos com a FIA para dizer, ok, quais são os limites disso? É claro que tudo vai se flexionar até certo ponto, mas o que é aceitável e o que não é?"

"Estamos começando a ver os extremos serem explorados novamente, e acho que cabe à FIA decidir se isso é aceitável e, nesse caso, todo mundo vai se juntar a eles ou, de acordo com o regulamento, da forma como está escrito, isso está em conformidade?".

Ele ainda confessou que as equipes estão buscando entender quais são os limites e pretendem explorar a questão para aplicarem aos seus próprios carros.

"Há uma grande dispersão de quem está fazendo o quê agora, obviamente com muito interesse na asa traseira da McLaren depois de Baku e há desempenho nela - é claro que há".

"É por isso que todos estão correndo atrás dela. Mas é só saber o que é razoável e o que está sendo motivo de preocupação".

Mas, embora a McLaren esteja no centro da intriga atual, o time de Woking não é a única equipe cujo design da asa traseira está sob os holofotes por causa da flexão na reta ou da abertura do DRS.

A asa traseira da McLaren foi coberta enquanto o carro estava sendo montado nos boxes de Singapura na quinta-feira, mas acredita-se que isso esteja relacionado ao lançamento de uma nova pintura que ocorreria no final do dia.

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