Fórmula 1 GP de Singapura

F1: McLaren vê apenas "boas notícias" na polêmica da asa traseira flexível

'Mini-DRS' chamou a atenção e fez com que Ferrari e Red Bull começassem a questionar a FIA sobre legalidade da peça

Oscar Piastri, McLaren MCL38

Foto de: Simon Galloway / Motorsport Images

Achou que a McLaren estava incomodada com as reclamações sobre suas asas flexíveis? Que nada! A equipe de Woking nunca esteve mais tranquila. Isso por que, segundo Andrea Stella, eles entendem que todos os outros times de Fórmula 1 estão mais focados em observar como o MCL38 se tornou tão competitivo do que pensar em suas próprias situações.

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Desde o GP do Azerbaijão, a McLaren se tornou o centro das atenções por conta do 'mini-DRS' - a ativação mínima da abertura da asa traseira flexível que acontecia em altas velocidades e sem os pilotos acionarem o DRS, dando uma pequena vantagem aos carros porque diminui o arrasto. Esse ponto se tornou um verdadeiro bafafá no paddock e equipes como a Red Bull e a Ferrari começaram a questionar a legalidade da peça.

Embora a asa traseira estivesse em total conformidade com os testes de carga estática da FIA, seu comportamento incomodou os concorrentes, que acharam que ela estava ultrapassando demais os limites dos regulamentos.

Após discussões com a regulamentadora, a McLaren concordou em fazer modificações para reduzir a flexibilidade que foi vista em seus carros nos GPs da Bélgica, Itália e Azerbaijão, mas só notada no último.

E, embora o ajuste signifique que a McLaren perderá qualquer vantagem que tenha obtido com seu projeto quando essa asa específica de baixo arrasto retornar no GP de Las Vegas, Stella está longe de estar desanimado com o que aconteceu.

Importante ressaltar que a peça foi pensada apenas para pistas específicas e só seria usada novamente em Las Vegas, deixando as outras pistas com a configuração que não apresenta um mini-DRS.

O chefe da McLaren diz que se anima com o fato de os concorrentes prestarem tanta atenção ao que sua própria equipe está fazendo. Perguntado sobre o que pensa a respeito do assunto, Stella disse:

"Acho que tanta atenção à nossa asa traseira é uma boa notícia, porque significa que os adversários não estão se concentrando em si mesmos".

Andrea Stella, Team Principal, McLaren F1 Team

Andrea Stella, diretor de equipe da McLaren F1 Team

Foto de: Steven Tee / Motorsport Images

"A F1 é um jogo tão estratégico. É muito complicado. Eu sempre repito para a minha equipe: 'Concentre-se em você'".

"Então, para mim, quando vejo que há tanta atenção das outras equipes, isso significa que elas estarão trabalhando, fazendo análises, conversando com a FIA... Eles estão usando esse tempo e essa energia para perseguir algo que, na minha opinião, é uma pista falsa. Portanto, para mim, como McLaren, isso é uma boa notícia".

Sem querer se preocupar com os outros, Stella mantém seu time focado no que pode melhorar ainda mais o desempenho do MCL38 e garantir que continuarão na liderança do campeonato de construtores e conseguirão ajudar Lando Norris em sua 'caçada' por Max Verstappen.

"Tentamos nos concentrar em nós mesmos. Queremos apresentar soluções técnicas que possam ser desafiadoras, mas que sejam totalmente corretas do ponto de vista da legalidade. Se os outros quiserem ser destrutivos, continuem fazendo isso. Porque, para nós, são apenas boas notícias".

Resposta da FIA

Embora a McLaren continue convencida de que o design de sua asa é totalmente legal, a equipe diz que concordou com a FIA em fazer alterações porque não queria que a controvérsia aumentasse ainda mais. No entanto, a equipe também espera que isso levasse o órgão regulador a analisar o que as outras escuderias estavam fazendo.

"Para nós, fazer mudanças é bastante transparente, então é melhor fazê-lo, pois não haverá grandes consequências do ponto de vista do desempenho", disse Stella.

"Isso também nos deu a oportunidade de [lembrar] à FIA que, sabe, nós também fazemos a devida diligência em termos de estudar outras pessoas. Não queremos gastar tanta energia e tempo com jornalistas e tentar criar grandes histórias. Apenas dissemos à FIA o que achamos que está acontecendo".

"Confiamos e temos certeza de que eles conversarão com as outras equipes e garantirão que elas resolvam seus próprios problemas, que podem ser menos visíveis, mas definitivamente existem".

Oscar Piastri, McLaren MCL38

Oscar Piastri, McLaren MCL38

Foto de: Lionel Ng / Motorsport Images

Embora Stella não quisesse entrar em detalhes sobre qual aspecto dos carros rivais ele achava que a FIA deveria estar analisando, ele sugeriu que o problema girava em torno da manipulação das aberturas das asas traseiras.

Questionado sobre o que estava vendo em outras equipes, Stella disse: "Não vou ser preciso, porque estaria divulgando informações que, na minha opinião, se enquadram em uma faixa de confidencialidade".

"Por algumas razões, essa lacuna parece ter se tornado algo que domina a F1. Há muitas maneiras pelas quais outros carros estão explorando a pressão aerodinâmica nas superfícies - na verdade, com base em nossa análise, algumas delas são muito mais eficazes".

"Acho que estamos em boas mãos, do ponto de vista da política, com a FIA, e acho que todas as partes - equipes, jornalistas, todos - deveriam respeitar um pouco mais a FIA e seu departamento técnico, porque eles fazem um trabalho muito bom".

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