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Fórmula 1 GP da Rússia

F1: Verstappen e Vettel questionam sistema de pontos na superlicença após "dura" punição a Hamilton

Pilotos defenderam que punições do tipo deveriam ser restritas a atos mais perigosos na pista

Lewis Hamilton, Mercedes F1 W11

Max Verstappen e Sebastian Vettel questionaram o sistema da FIA de pontos de penalização a pilotos de Fórmula 1 após a "dura" sanção dada a Lewis Hamilton devido aos testes de largada em Sochi, mas que foram rescindidos posteriormente.

O hexacampeão recebeu duas punições de cinco segundos durante o GP da Rússia por fazer testes de largada em lugares inapropriados no domingo, e recebeu também dois pontos em sua superlicença, deixando-o com dez no total, a apenas dois do limite que, caso seja atingido, implica em suspensão automática por um GP.

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Posteriormente, após uma revisão do caso, os comissários rescindiram os dois pontos por julgar que a culpa do caso era da Mercedes, que recebeu uma multa de 25 mil euros.

Se Hamilton tivesse mantido os pontos, estaria a um incidente da suspensão. No momento, ele segue com oito e os dois primeiros perdem a validade no meio de novembro, após o GP da Turquia.

Após a corrida, Hamilton chamou a punição de "ridícula" e que sentia que os comissários estavam fazendo de tudo para pará-lo. E sua sanção também foi criticada por colegas do grid.

Para Max Verstappen, essa punição para Hamilton era muito pesada, já que o erro havia sido cometido pela equipe.

"Se você causa uma batida, é uma coisa, mas a pena de Lewis já era muito grande", disse. "Quantos pontos ele recebeu? Dois. É um pouco pesado. Ele está com dez agora".

"O que ele fez, parar naqueles lugares não é certo, mas pontos na superlicença por isso, acho que não é correto. Ele foi punido o suficiente com os dez segundos, não era necessário ir além disso".

"Acredito que iremos falar sobre isso na próxima reunião dos pilotos e veremos se algo acontecerá".

Sebastian Vettel ecoou os comentários do holandês, sentindo que os pontos devem ser aplicados apenas a movimentos perigosos dentro da pista, e não para erros da equipe.

"Se você fizer movimentos doidos na pista e uma pilotagem perigosa, aí eles são justificáveis. Mas se você acelera no pitlane ou comete infrações menores, não é o ideal aplicar pontos na superlicença".

O companheiro de Vettel na Ferrari, Charles Leclerc, defendeu uma revisão do sistema, acreditando que Hamilton não havia cometido um erro que merecia tal punição.

"Não acho que ele tenha feito nada muito errado neste ano. Deve ter um jeito melhor de fazer isso. Não sei dizer qual seria, não é o meu trabalho, mas espero que a FIA analise isso".

Por outro lado, o chefe da Ferrari, Mattia Binotto, sente que é importante que a FIA aplique as normas de acordo, com punições mais pesadas sendo usadas para evitar repetições.

"Vocês podem sentir que isso é pesado, especialmente se for direcionada a você. Mas, por outro lado, se você não pegar pesado de vez em quando, você deixa a porta aberta para outros pilotos fazerem o mesmo no futuro".

"Acho que não é fácil julgar isso, acho que, neste caso, a FIA está fazendo um ótimo trabalho. Eu estou feliz no geral".

PÓDIO: Hamilton é punido e Bottas vence na Rússia, com Verstappen em segundo

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