Busca de Massa pelo título de 2008 tem atualização; F1 e FIA precisam agir
Advogado de piloto brasileiro, Bernardo Viana confirmou informação à agência de notícias Reuters; saiba mais no Motorsport.com
A polêmica em torno da judicialização da temporada 2008 da Fórmula 1 por Felipe Massa, que busca o título da F1 naquele ano em função de 'fatos novos' que vieram à tona após entrevista controversa do ex-chefão da categoria Bernie Ecclestone sobre o primeiro campeonato vencido por Lewis Hamilton, tem atualizações muito importantes, especialmente para a competição e para a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que regula a elite global do esporte a motor.
O advogado Bernardo Viana, que integra a equipe jurídica de Massa e recentemente concedeu uma longa entrevista ao Motorsport.com sobre o caso, confirmou à Reuters que o prazo para uma resposta de F1 (através da FOM, 'Formula One Management') e FIA à 'notificação judicial' do ex-piloto da Ferrari na Grã-Bretanha foi estendido. O deadline inicial, que expirava no dia 8 de setembro, foi prorrogado até outubro, segundo o sócio do Vieira Rezende Advogados.
“A bola está no campo deles, estamos esperando a resposta”, explicou o advogado brasileiro à agência de notícias. “Eles pediram mais tempo, até meados de outubro, e, de boa fé, concordamos com isso", finalizou Viana, que também falou sobre o possível apoio de Hamilton a Massa no caso.
O Vieira Rezende é um dos escritórios de advocacia que representam o ex-Ferrari no Brasil, nos Estados Unidos (onde fica a Liberty Media, atual dona da F1 após comprar a categoria de Bernie) e na Europa, com firmas atuando na causa de Felipe na própria Grã-Bretanha (onde fica a FOM), na França e também na Suíça. Os últimos dois países têm as sedes da FIA, que, na época do escândalo do 'Crashgate' no GP de Singapura de 2008, era presidida pelo britânico Max Mosley.
Tanto o inglês quanto o compatriota Ecclestone, sabe-se agora, tinham ciência já em 2008 -- e não em 2009, como se acreditava até o começo do corrente ano -- da batida proposital de Nelsinho Piquet em Marina Bay, onde o brasileiro foi coagido pelo então chefe da Renault, o italiano Flavio Briatore, a bater de propósito para beneficiar o companheiro espanhol Fernando Alonso. Este acabou vencendo a corrida, na qual Massa foi prejudicado pelo acidente e Hamilton foi ao pódio.
De todo modo, apesar de saberem do escândalo antes da 'decisão' de 2008, no GP do Brasil, em Interlagos, Bernie e Mosley não tomaram providências, o que, na visão da equipe jurídica de Massa, configurou uma 'conspiração' contra o brasileiro, batido por 1 ponto pelo então rival da McLaren.
Massa detalha judicialização da F1 2008 ao Motorsport.com
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