F1: Chefão da Red Bull descarta retorno de Vergne, Buemi e cia
Apesar de precedentes na Toro Rosso, Helmut Marko negou volta dos campeões da Fórmula E
De acordo com o consultor da Red Bull, Helmut Marko, a equipe não considera promover o retorno de alguns ex-pilotos de seu programa na Fórmula 1, como o francês Jean-Éric Vergne e o suíço Sébastien Buemi, campeões da Fórmula E.
Marcada pela valorização – e cobrança – dos pilotos formados em seu programa, a Red Bull ficou marcada, em 2019, pelo rebaixamento do francês Pierre Gasly à Toro Rosso para dar lugar ao novato tailandês Alex Albon no time principal.
Há três anos, a falta de pilotos prontos para a F1 no programa do grupo austríaco levou à recontratação do neozelandês Brendon Hartley, que voltou inesperadamente para guiar pela Toro Rosso.
O precedente aberto com o caso do piloto fez com que Marko fosse questionado sobre Vergne, atual bicampeão da F-E, e Buemi, vencedor da segunda temporada na categoria de monopostos elétricos.
"O tópico está encerrado. Eles fizeram carreiras em outras direções e outras categorias. Se um Jean-Éric Vergne vence a Fórmula E, é algo completamente diferente dos requisitos que temos na Fórmula 1”, disse o dirigente ao Motorsport.com.
"Porque na F1 ele seria mais ou menos um novato. Levaria uma temporada inteira para se acostumar com as especialidades de um pneu Pirelli. Então, só por esse motivo, tudo fica no passado”, explicou o austríaco.
"Mas quando você olha em volta, muitos dos nossos juniores são bem-sucedidos. Eles ganham um bom dinheiro e transformaram seu hobby em uma profissão. Isso é ótimo”, celebrou o consultor da Red Bull.
Dr Helmut Marko, Red Bull Motorsport Consultant
Photo by: Jean Petin / Motorsport Images
Apesar de negar a volta dos pilotos da F-E, Marko concordou com o retorno de dois ex-pilotos do grupo austríaco à F1. É o que ocorreu com o próprio Albon, que estava acertado com a F-E, e o russo Daniil Kvyat, que ganhou uma ‘terceira’ chance na Toro Rosso.
"Você precisa entender isso do ponto de vista filosófico. No começo, a equipe júnior era uma espécie de mecenato, porque todo mundo sabe o quão caro é o esporte a motor e [o dono da Red Bull, Dietrich] Mateschitz disse que queremos dar uma chance aos pilotos”.
"Mas, de repente, tínhamos duas equipes de Fórmula 1. E então ficou claro que apoiar alguém porque é relativamente bem-sucedido não é suficiente. Foi decidido que eles devem ter pelo menos o potencial de ganhar um GP. E é por isso que ficou mais rigoroso”.
"Não consigo entender essas críticas por financiarmos os pilotos por uma temporada ou duas. Sem esses fundos eles nunca teriam entrado na F1. E se não for bom o suficiente, existem apenas 20 [pilotos de F1], nem todos estão na F1 por causa de suas habilidades”.
"Quantas pessoas [do nosso programa] ganharam um GP? [Sebastian] Vettel, [Daniel] Ricciardo, Max [Verstappen]. Quanto a pódios, nem sei dizer quantas pessoas chegaram ao pódio”, disse Marko.
"Internamente, estamos felizes e orgulhosos, e estamos sendo copiados em grande escala. Mas nenhum dos outros programas chegou nem perto do que alcançamos", gabou-se o chefão da Red Bull na F1.
GALERIA: Todos os carros e pilotos de Red Bull e Toro Rosso na F1
Siga o Motorsport.com no Twitter, Facebook, Instagram e Youtube.
Faça parte da comunidade Motorsport
Join the conversationCompartilhe ou salve este artigo
Principais comentários
Inscreva-se e acesse Motorsport.com com seu ad-blocker.
Da Fórmula 1 ao MotoGP relatamos diretamente do paddock porque amamos nosso esporte, assim como você. A fim de continuar entregando nosso jornalismo especializado, nosso site usa publicidade. Ainda assim, queremos dar a você a oportunidade de desfrutar de um site sem anúncios, e continuar usando seu bloqueador de anúncios.