F1: Entenda o que há por trás dos problemas da Red Bull com a asa traseira
Rachaduras nas asas traseiras não impediram boas performances da equipe nos GPs dos EUA e do México
Análise técnica de Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
Em meio a uma luta intensa pelo título da Fórmula 1, os nervos da Red Bull não tiveram um minuto de calma nas últimas duas corridas, devido a alguns reparos de última hora nas asas traseiras.
No GP dos Estados Unidos, após o TL3, a Red Bull notou uma rachadura na asa de Max Verstappen, que precisou ser resolvida em cima da hora para a classificação. E no México, os mecânicos trabalhavam furiosamente em ambos os carros pré-classificação, após mais danos na última sessão de treinos livres.
No final, a Red Bull precisou disputar sua posição no grid de largada com reparos temporários bem visíveis, graças a uma fite adesiva colocada na asa traseira. A solução comprou algum tempo para a equipe, que precisou se esforçar durante a noite em preparação para a corrida.
Enquanto problemas consecutivos de asa traseira possam apontar para uma preocupação com o design da Red Bull, um olhar detalhado à situação aponta que os casos são totalmente separados.
A rachadura de Austin
Sergio Perez, Red Bull Racing RB16B
Photo by: Uncredited
A superfície ondulada do Circuito das Américas deve ser a principal responsável pelas rachaduras surgidas na placa principal da asa em Austin. Lá a equipe foi forçada a fazer uma 'cirurgia', tampando depois a área com fita (flechas vermelhas).
Isso destaca a devida atenção que as equipes devem ter para se manter um passo a frente das falhas. Mas também levanta a questão do quanto as equipes estão levando as coisas além do limite em busca de performance, tudo isso enquanto pesquisam sobre a durabilidade necessária para se manter dentro do teto orçamentário.
De fato, a Red Bull não foi a única equipe a sofrer com as ondulações de Austin, já que Fernando Alonso foi obrigado a abandonar após uma falha na montagem de sua asa traseira causada pelo stress da pista.
Rear wing detail of Sergio Perez, Red Bull Racing RB16B
Photo by: Uncredited
A rachadura do México
Já os problemas da Red Bull no México parecem ter uma origem diferente, com os reparos sendo feitos principalmente na seção externa da aleta superior (seta vermelha) e a seção com venezianas da placa final (setas azuis).
Vale notar que enquanto a placa final com venezianas faz parte do arsenal de alto downforce da Red Bull há algum tempo, ela não havia usado essa versão no México antes. A equipe teve alguns problemas nas primeiras saídas, talvez devido à conexão delicada entre a placa e o ponto de conexão.
O México pode ser um local especialmente desafiador para os carros, com as equipes usando pacotes de máximo downforce em uma pista com uma reta longa e altas velocidades. A carga máxima sobre a asa em Mônaco, que usa uma asa traseira similar, não é comparável às cargas do México, devido às velocidades atingidas.
Além disso, as diferentes cargas e stress que a asa passa com a abertura e fechamento do DRS são mais extremas no México. A própria Red Bull confirmou que não existe uma ligação entre os problemas de Austin e no último domingo.
"São partes completamente diferentes da asa", disse Christian Horner sobre o problema no México. "É algo que nunca havíamos visto antes. Mas o pessoal fez um ótimo trabalho ao modificar a área e as asas funcionaram perfeitamente".
Ele acrescentou que o problema foi notado após o TL3, e a equipe teve que tirar as duas asas para fazer os reparos, retornando o melhor dos componentes aos pilotos. Por isso que Sergio Pérez sugeriu após a classificação que seu carro não tinha a mesma asa usada para liderar o TL3.
Red Bull Racing RB16B rear wing broken
Photo by: Giorgio Piola
"Notamos um reparo necessário na asa e, como precaução, fizemos algumas alterações em todas as asas que tínhamos disponíveis. Todas as asas foram tiradas do carro e as melhores montagens foram colocadas nos dois carros. Além disso, perdemos uma asa traseira com Checo no TL1".
Enquanto a próxima corrida, no Brasil, pode trazer desafios para as equipes, as circunstâncias que levaram aos problemas de asa da Red Bull nos Estados Unidos e no México dificilmente surgirão em Interlagos.
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