F1 - Prost saiu da Alpine por se sentir "deixado de lado" e detona CEO: "Rossi quer os holofotes para si"

Tetracampeão revelou que chegou a ouvir do próprio CEO que não precisava mais de um conselheiro

Esteban Ocon, Alpine F1 and Alain Prost, Alpine F1 Team

Após o Motorsport.com revelar com exclusividade na segunda-feira que o tetracampeão da Fórmula 1 Alain Prost havia deixado seu cargo de conselheiro e diretor não-executivo da Alpine como parte da grande reestruturação interna, o francês revelou que sua saída se deu pelo fato de se sentir deixado de lado pelo CEO do time, Laurent Rossi.

Com a notícia de sua saída tornando-se pública, Prost veio a público em suas redes sociais expressar o desapontamento com o modo como o fato foi tratado, e falou com o jornal francês L'Équipe sobre os motivos para deixar a equipe.

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Prost sentiu que ficava cada vez mais isolado ao longo de 2021 após a chegada de Rossi, e que isso o deixou infeliz com sua posição dentro da equipe.

"A temporada 2021 foi muito perturbadora para mim, deixando a sensação de que aqueles que estavam há mais tempo tinham que sair. Eu aceito mudanças, já que não se pode fazer a F1 do mesmo jeito sempre. É possível fazer diferente, e foi o que aconteceu no ano passado. Mas, para mim, se tornou complicado demais".

"Não estava envolvido na tomada de decisões mais. Algumas vezes discordava, totalmente, mas tinha que aceitar a decisão oficial. Mesmo como membro da diretoria, descobri algumas decisões no último minuto. Posso não ser ouvido, mas deveria pelo menos ser informado. É uma questão de respeito. Os relacionamentos se tornavam cada vez mais complicados, e o ciúmes era perceptível".

Prost disse que Rossi, que no momento trabalha em uma nova estrutura de gerenciamento, deixou claro que não o queria mais como conselheiro.

"Laurent Rossi quer ficar sozinho, não quer ser incomodado por ninguém. Ele mesmo chegou a me dizer que não precisava mais de um conselheiro".

Alain Prost, Alpine F1 Team

Alain Prost, Alpine F1 Team

Photo by: Charles Coates / Motorsport Images

"Foi no Catar, mas ele ainda me ofereceu um contrato em Abu Dhabi, o que eu recusei. Devo dizer que eu acreditava e ainda acredito nesse projeto ambicioso que aumentou e muito a motivação no grupo".

"Porém, há agora uma campanha real para escantear várias pessoas. Laurent Rossi quer todos os holofotes para si. O que me interessa é o desafio de estar em uma equipe, ser ouvido e estar envolvido em algumas decisões".

"Eu estava mais nos bastidores de propósito, mas discretamente tinha alguma influência, apesar de todas as discordâncias, que mantinha para mim".

Os comentários de Prost ao L'Équipe vieram após outras críticas feitas no Instagram sobre o modo como a Alpine lidou com a notícia de sua saída.

"Estou muito desapontado com como isso foi anunciado hoje! Foi acordado que anunciaríamos junto com a Alpine. Não há respeito! Eu recusei a oferta feita a mim em Abu Dhabi por causa de um relacionamento pessoal e vejo que estava certo. Às equipes de Enstone [sede da Alpine] e Viry [planta de produção de motores da Renault] sentirei a falta de vocês".

A saída de Prost da Alpine vem em meio a uma grande reestruturação da equipe comandada por Rossi, com o objetivo de colocar a equipe lutando por vitórias em até 100 corridas.

Mais cedo neste mês, a equipe anunciou a saída do diretor-executivo Marcin Budkowski, e a expectativa é de que o ex-Aston Martin Otmar Szafnauer assuma o cargo de chefe de equipe, algo que não existia no ano passado.

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