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F1: Wolff explica "não" da Mercedes à Red Bull sobre fornecimento de motores

Fala do chefe da equipe representa uma mudança de visão, já que em 2015 a Mercedes estava disposta a estabelecer parceria com a Red Bull

Valtteri Bottas, Mercedes F1 W11, Max Verstappen, Red Bull Racing RB16

Após o anúncio de saída da Honda da Fórmula 1 no final de 2021, a Red Bull está atrás de uma nova fornecedora de motores para 2022, o que a Mercedes já disse não. Segundo Toto Wolff, uma falta de capacidade e benefícios reduzidos de marketing ajudam a explicar a decisão por trás de sua oposição a essa parceria.

A declaração de Wolff foi feita durante o final de semana do GP de Eifel, deixando Ferrari e Renault como as únicas opções entre as montadoras que já estão envolvidas com a F1.

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Mas a Red Bull afirmou recentemente que sua opção preferida seria assumir o programa da Honda, produzindo seus próprios motores, dependendo apenas de um regulamento que determine o congelamento das unidades do início ao fim da temporada.

O chefe da Mercedes já havia se mostrado aberto a trabalhar com a Red Bull em 2015, quando a equipe buscava encerrar o relacionamento com a Renault. As discussões chegaram até a diretoria da montadora, onde o plano foi rejeitado.

Perguntado pelo Motorsport.com sobre o que havia mudado desde 2016, Wolff explicou que um acordo agora não apenas teria benefícios reduzidos de marketing, mas também esticaria além da capacidade a divisão da Mercedes de unidades de potência, que já fornecerá motores para si própria e outras três equipes a partir do próximo ano.

"Lá atrás, a ideia era ter Mercedes e Red Bull trabalhando juntas no marketing. Estávamos interessados na plataforma da Red Bull, que é uma marca super legal e inovadora".

"Foi o que disse para Christian [Horner], e se pudéssemos encontrar uma aliança entre as duas marcas, além de apoio na diretoria da Daimler, isso poderia virar realidade. Mas nunca aconteceu".

"Hoje, é simplesmente uma questão de capacidade. Essas unidades são muito complicadas. Estamos em uma situação em que não podemos seguir expandindo, e isso vale para todos na Daimler".

"De um ponto de vista logístico e de custos, não é possível fornecer motores para a Red Bull. E de um ponto de vista de marketing, as montadoras atuais não se beneficiam muito ao trabalhar com as equipes".

"É por isso que compramos uma equipe e não seguimos apenas como fornecedora, e acho que estamos colhendo os louros de ter uma equipe".

"Agora, não é mais nossa prioridade fornecer motores. Construímos ele e corremos em nossos carros, e obviamente para refinanciar esses gastos, fornecemos para clientes".

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Luke Smith
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