Wolff revela o que impede retorno da Mercedes a Le Mans

Chefe de equipe ressalta que foco da marca alemã está na F1 e time só consideraria voltar se regulamento da prova fosse modificado

Toto Wolff, Mercedes

O chefe da equipe de Fórmula 1 e CEO da Mercedes, Toto Wolff, discutiu a possibilidade de a equipe retornar às prestigiadas 24 Horas de Le Mans. Segundo ele, o time alemão consideraria voltar a prova francesa se o regulamento de equilíbrio de desempenho fosse removido.

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"Le Mans... Eu sou um piloto. As 24 Horas de Le Mans são uma das maiores corridas do mundo", explicou no podcast Bloomberg Hot Pursuit, quando perguntado sobre a possibilidade de a marca retornar ao evento.

"A Fórmula 1, para mim - obviamente, sou tendencioso - é a melhor que existe. São os melhores pilotos, os carros mais rápidos, as melhores pistas. Mas se eu tivesse que dizer o que vem depois? As 24 Horas de Le Mans e a Indy 500. E depois, para os verdadeiros fãs, as 24 Horas de Nürburgring. Essa, para mim, é a melhor das melhores", continuou. "Quando não estou em um fim de semana de F1 posso assistir a uma corrida de Le Mans praticamente a noite toda. Estou acompanhando a transmissão ao vivo e conheço alguns dos pilotos, então tenho um interesse pessoal".

A Mercedes teve uma experiência desastrosa com o 300 SLR em 1955, pilotado por Pierre Levegh. Ele se envolveu em uma colisão com outro carro que lançou o Mercedes-Benz para o ar, resultando na trágica morte de Levegh e de 83 espectadores que foram atingidos pelos destroços. A equipe se retirou do esporte no final daquele ano.

Em um retorno em 1999, a Mercedes apresentou o CLR. No entanto, era aerodinamicamente instável, fazendo com que os carros voassem.

Toto Wolff, Executive Director of Mercedes AMG Petronas F1 Team

Toto Wolff, diretor executivo da equipe Mercedes AMG Petronas F1

Foto de: Peter Fox / Getty Images

Desde então, a Mercedes não voltou a correr, exceto na categoria GT3, o que fez como parte de um programa para clientes com a equipe italiana Iron Lynx.

"Como Mercedes é algo que já fizemos no passado", acrescentou Wolff. "Mas não estávamos particularmente... não era o nosso lugar mais feliz. Tivemos um acidente muito grave nos anos 50, quando saímos, e alguns de nossos protótipos estavam voando, literalmente decolando, nos anos 90 e no início dos anos 2000. Acho que foi na década de 1990. Mas hoje, para mim, estamos nos concentrando na plataforma principal, que é a Fórmula 1, é o que queremos fazer. Ela capta 99% do público. Todo o resto vem em segundo lugar. Agora, entramos com a Mercedes na categoria GT3. Isso é algo que estamos analisando como nosso programa para clientes".

"E há uma pequena ressalva em tudo isso: na Mercedes, somos pessoas de corrida. Não gostamos de BoPs - não gostamos de equilíbrio de desempenho. Não gostamos que alguém avalie sua potência, seu consumo de energia, seu peso, sua habilidade de piloto... Você gasta tanto tempo, dinheiro e esforço para desenvolver o carro mais rápido e depois recebe 10 quilos de lastro", continuou. "Eu não quero isso. Só quero construir o carro mais rápido".

"A Fórmula 1 mostrou como isso deve ser feito. Dê-nos um limite de custo. Façam mais disso. Você não pode gastar mais do que, seja lá o que você disse, 30/40 milhões. E dentro desses 30/40 milhões, pode fazer o que quiser. Quero dizer, ainda existem regulamentos, mas ninguém precisa blefar nos testes de pré-temporada ou na classificação. É pura corrida", explicou Wolff.

"Se isso acontecesse, então Le Mans seria algo que nós iríamos considerar. Mas, no momento, com o BoP, ter alguns oficiais julgando se você é muito rápido, adicionando 10 quilos ao seu carro ou tirando-o do carro de outra pessoa no dia seguinte, isso não é para nós no momento", finalizou. 

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