MotoGP: Com Quartararo liderando, Yamaha vive problema similar ao da Honda no auge da era Márquez; entenda

Classificação do Mundial mostra um abismo entre Quartararo, líder do Mundial, com as demais Yamahas; Morbidelli, o segundo melhor é apenas o 17º

Franco Morbidelli, Yamaha Factory Racing, Andrea Dovizioso, RNF MotoGP Racing

Fabio Quartararo lidera o Mundial de 2022 da MotoGP com quatro pontos de vantagem após sete corridas do ano, com vitória em Portugal e segundos lugares na Indonésia e na Espanha, enquanto as demais Yamahas sofrem para replicar o resultado. Algo que, para Andrea Dovizioso, lembra muito o problema da Honda no auge da era Marc Márquez: só um piloto consegue guiar a moto.

Seus resultados diferem muito das outras três M1 do grid. Seu companheiro na equipe oficial, Franco Morbidelli, é o segundo melhor colocado no Mundial, mas apenas em 17º, com 84 pontos a menos. Seu melhor resultado no ano até aqui é uma sétima posição em Mandalika.

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Dovizioso, que corre ao lado de Darryn Binder na RNF Racing, que usa motos do ano anterior, vem sofrendo muito para adaptar seu estilo de pilotagem com o objetivo de extrair a melhor performance da M1, que é frear tardiamente e maximizar a velocidade de curva, minimizando as deficiências de potência do modelo.

Olhando para a situação como um todo, Dovizioso acredita que isso lembra o caso da Honda em anos anteriores, quando apenas o hexacampeão Márquez conseguia tirar bons resultados de uma moto problemática.

"A moto é realmente boa em algumas áreas, porque Fabio vem mostrando coisas incríveis", disse Dovizioso durante o fim de semana do GP da França.

"Mas, na minha opinião, é o único modo de ser rápido. Se você não guia desse jeito e não faz uma frenagem mais tardia como ele, com muita velocidade no meio da curva, não tem como ser rápido, porque a moto, mesmo tendo a mesma velocidade das outras, acelera menos".

"Então, se você não tiver mais velocidade no meio da curva, não tem como ser rápido. Fabio tem ess sensação e consegue ir bem em todas as pistas, garantindo essa velocidade. É o único jeito de ser rápido com essa moto, mais que no passado. Mas, na minha visão, é uma diferença de aderência".

"O chassi te dá a possibilidade porque ele é muito bom na entrada e no meio da curva, mas se você não tem esse chip na cabeça que te faz guiar assim, não tem como ser rápido. E eu não tenho isso no momento. Estou tentando mudar isso, mas não estou conseguindo".

"É por isso que, em todas as pistas, a diferença é bem similar. É como você guia a moto. Então acho que a Yamaha está em boa situação porque eles venceram no ano passado e lideram agora. Mas,ao meu ver, é similar ao que vimos com Marc e a Honda por seis anos".

Race winner Fabio Quartararo, Yamaha Factory Racing

Race winner Fabio Quartararo, Yamaha Factory Racing

Photo by: Dorna

Dovizioso acrescentou que provavelmente a Honda se encontrou em uma situação de ser incapaz de desenvolver uma moto que Márquez não poderia guiar, o que teria conseguido com o modelo de 2022.

"Não sei se a Yamaha decidiu fazer isso ou se chegou a essa situação. Na Honda, acho que eles decidiram ir por este caminho porque Marc estava forte. Não sei, porque não tenho a experiência desses últimos quatro anos".

"Mas a situação agora é similar à da Honda. Apenas um piloto consegue aproveitar todo seu potencial, abrindo uma grande distância para os outros".

Andrea Dovizioso, RNF MotoGP Racing

Andrea Dovizioso, RNF MotoGP Racing

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

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