MotoGP: Lorenzo não vê opção melhor que a Yamaha para Quartararo

Tricampeão aposentado da MotoGP também analisou situação da Ducati, que parece não ter acertado com a moto de 2022

Fabio Quartararo, Yamaha Factory Racing

Apesar de aposentado da MotoGP, o tricampeão Jorge Lorenzo segue acompanhando a categoria de perto e analisou as possibilidades para o futuro de Fabio Quartararo para 2023 e além. Para o espanhol, apesar da Yamaha estar em sua "pior fase em 20 anos", ele acredita que seguir com a montadora japonesa seja a melhor saída para o atual campeão.

Depois de um início de temporada complicada, Quartararo não esconde que pode procurar outras montadoras para 2023. Seu objetivo é encontrar a melhor opção para a sua carreira em meio a dúvidas sobre o projeto atual da montadora para a M1, que evoluiu menos que as outras motos do grid, com uma perda significativa de velocidade nas retas.

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Último campeão com a Yamaha antes de Quartararo, Lorenzo, que anunciou recentemente uma mudança para as corridas de quatro rodas, lamenta a situação do francês.

"Na minha opinião, a Yamaha perdeu um pouco o ritmo e evoluiu menos que as outras", disse Lorenzo ao Motorsport.com. "Estão na pior fase em 20 anos, antes da chegada de Valentino [Rossi]. Mesmo que Fabio faça coisas incríveis, tire o máximo da moto, não tem como fazer mais e não é suficiente para lutar por pódios. É uma sensação difícil para ele".

Após as declarações do francês sobre a possível mudança de equipe, começaram os rumores sobre qual poderia ser a nova casa, já que os contratos de quase 80% do grid chegam ao fim neste ano. Mas, aos olhos de Lorenzo, que tem um estilo de pilotagem similar ao de Quartararo, o atual campeão não tem opção melhor que a Yamaha.

"Fala-se sobre a Honda, mas a Honda é uma moto muito difícil", disse Lorenzo, que encerrou sua carreira na MotoGP após um ano muito ruim com a montadora, enquanto Marc Márquez teve uma temporada quase perfeita. "Ele está acostumado a ser limpo em sua pilotagem, com velocidade nas curvas. Ele é limpo com a Yamaha, e a Honda é o oposto. E na Ducati não parece haver espaço".

Fabio Quartararo, félicité par Jorge Lorenzo pour son sacre mondial à Misano, en 2021

Fabio Quartararo, félicité par Jorge Lorenzo pour son sacre mondial à Misano, en 2021

Lorenzo, que pilotou dois anos na Ducati antes de ir para a Honda, conhece perfeitamente as diferenças entre as máquinas. Para ele, a moto italiana "é a melhor" no momento, mesmo com as dificuldades que os pilotos encontram com o protótipo de 2022.

"Na minha opinião, o que está acontecendo com Pecco [Bagnaia] é a moto. A Ducati fez um modelo 2022 que, por algum motivo, é mais complicado, ou não tão simples quanto o anterior, e todos estão sofrendo: [Jack] Miller, [Jorge] Martín, Pecco".

"Por outro lado, [Enea] Bastianini venceu duas provas com a moto de 2021 e lidera o campeonato. Pra mim, é a moto. E por algum motivo Pecco sofre um pouco mais que Miller e Martín. E é difícil, porque o motor está congelado pelo ano. Eles vão encontrar soluções para serem mais competitivos, mas estão perdendo pontos, porque Bastianini já abre uma grande vantagem".

No entanto, não parece haver lugar possível para Quartararo na Ducati, já que Bagnaia está com vaga garantida até 2024 e o segundo lugar na equipe oficial deve ser disputado entre Miller, Martín e Bastianini.

Descartada essa possibilidade, Honda e Suzuki seguem abertas para Quartararo, com vantagem para a Honda, mesmo sendo uma moto muito diferente da que possui hoje. Mas, para Lorenzo, o El Diablo tem condições de voltar à frente.

"Não é uma situação ideal para Fabio, mas, tecnicamente, no ponto de vista de pilotagem, ele está próximo do nível de Marc", finalizou.

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