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F1: Apesar de pacotes de atualização positivos, McLaren se mantém cautelosa

Equipe britânica ainda estuda como melhorar o ritmo do MCL38 para batalhar pelo campeonato

Lando Norris, McLaren MCL38, makes a pit stop

A McLaren foi uma das equipes que mais apresentou progressos durante a primeira parte da temporada de Fórmula 1 de 2024. O carro começou a desempenhar muito bem após o pacote implementado no GP de Miami, que, inclusive, garantiu a primeira vitória de Lando Norris na categoria.

As mudanças garantiram que o MCL38 tivesse a capacidade de batalhar pelas posições mais altas do grid. Porém, as melhorias ainda não atenderam os objetivos impostos pelo alto escalão da equipe antes da pausa de agosto.

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O pacote estreado em Miami colocou o MCL38 para batalhar diretamente com a Red Bull e transformou o carro em referência em diferentes ocasiões, colocando a Ferrari em uma posição bastante complicada.

As mudanças ajudaram o ritmo nas retas, aumentando o desempenho do carro. A equipe também precisou se adaptar às exigências de determinadas pistas, sendo forçada a configurar a asa traseira de maneira mais baixa, aumentando a força do DRS.

Apesar da vantagem que vem mostrando sob as outras equipes, a McLaren segue bastante cautelosa com as atualizações que exige da fábrica. Isso se dá porque a produção exige um determinado tempo de produção e limite de orçamento.

 Além disso, a equipe também observa os rivais que precisaram dar um passo atrás sobre suas atualizações, como a RB e a Mercedes, que enfrentaram problemas no GP da Bélgica. No caso da Ferrari, a atualização usada em Barcelona não funcionou e, para Silverstone, a Scuderia decidiu voltar à configuração anterior.

Lando Norris, McLaren MCL38, Max Verstappen, Red Bull Racing RB20

Lando Norris, McLaren MCL38, Max Verstappen, Red Bull Racing RB20

Foto di: Andy Hone / Motorsport Images

Esses exemplos fazem com que a McLaren fique bastante atenta aos problemas futuros que podem ter, caso introduzam novas atualizações após a pausa de agosto.

A equipe deve manter as configurações que usou durante o GP da Bélgica para estudar o pacote atual e entender quais são os pontos mais fortes e entender como continuar com a competitividade até o fim da temporada.

"Na verdade, a Red Bull trouxe mais desenvolvimentos para a pista até agora, em termos de peças físicas trazidas para a pista, do que nós. Mas certamente posso falar pela McLaren. Parece que agora podemos aproveitar algumas das novidades que trouxemos e espero que para a segunda parte da temporada tenhamos peças novas em diversas ocasiões", disse Andrea Stella.

"De certa forma, estou surpreso que tenhamos sido tão competitivos, considerando que de Miami em diante não trouxemos muitas peças novas para a pista. Então significa que, obviamente, a atualização de Miami foi importante".

Lando Norris, McLaren MCL38, Max Verstappen, Red Bull Racing RB20, Fernando Alonso, Aston Martin AMR24

Lando Norris, McLaren MCL38, Max Verstappen, Red Bull Racing RB20, Fernando Alonso, Aston Martin AMR24

Foto di: Sam Bagnall / Motorsport Images

Outro foco da McLaren para desenvolvimento são as asas do monoposto, aspecto que apresentou problemas durante toda a temporada de 2023, principalmente em Spa-Francochamps.

Buscando maior competitividade, os britânicos estrearam a nova configuração em Ardenas e conseguiram dar um passo à frente no desenvolvimento da peça.

L'ala posteriore McLaren MCL38

L'ala posteriore McLaren MCL38

Foto di: Giorgio Piola

Em 2023, os engenheiros estavam focados em pacotes para pistas que exigiam muito do carro, deixando outros aspectos para serem estudados em outro momento. Agora, com a aproximação da segunda parte da temporada, a fábrica deve focar em novas configurações.

"Fizemos 50% da temporada. Estou mais confiante do que com uma configuração de carga alta, o carro está em uma janela operacional melhor, o carro faz o que queremos, especialmente em termos de comportamento aerodinâmico", defendeu Stella.

"Mas não demos grandes saltos e avanços no desenvolvimento com configurações de baixa carga. Para mim não é surpresa que na Bélgica não tenhamos sido tão competitivos como na Hungria e não é surpresa que com a mesma velocidade máxima, ou com uma ligeira melhoria, ainda tenhamos perdido muito no segundo setor".

Durante o GP da Bélgica, a McLaren teve um ritmo muito próximo ao da Red Bull, apesar dos taurinos contarem com uma configuração de asa mais carregada.

Andrea também disse que, caso os britânicos optem por ganhar velocidade, será necessário perder um pouco da aderência.

"Isso significa que, se quisermos ganhar velocidade, teremos que abrir mão de muita aderência. Mas espero que no futuro, possivelmente no próximo ano na Bélgica, tenhamos completado a busca pelo carro mais eficiente. A velocidade é importante".

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