O que mais a Red Bull pode fazer para ajudar Pérez na F1?

Pierre Wache explica dificuldades da equipe para encontrar o equilíbrio para Verstappen e Sergio Pérez

Max Verstappen, Red Bull Racing, Sergio Perez, Red Bull Racing

A Red Bull colocou um fim nas especulações sobre a demissão de Sergio Pérez antes do início da segunda metade da temporada de Fórmula 1. O piloto mexicano está garantido na equipe até o fim de 2024, mas ainda não se sabe sobre o futuro dele.

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Pérez tem tido muitos problemas para se adaptar ao RB20 desde maio. Por sua vez, Max Verstappen consegue limitar os danos e somou pontos muito importantes para a tabela de pilotos e construtores, porém, a situação começou a ficar complicado quando a McLaren passou a ter um bom ritmo.

Atualmente, apenas 42 pontos separam os britânicos dos taurinos no campeonato de construtores. Isso porque o MCL38 apresentou um bom desempenho, colocando Lando Norris e Oscar Piastri em boas posições, enquanto Pérez segue preso no meio do grid.

A lacuna causada pelas pontuações baixas de Sergio tem deixado a equipe de Milton Keynes cada vez mais preocupada sobre o ritmo do mexicano. Pérez somou apenas 28 pontos desde a corrida Ímola, em maio.

Apesar de estar recebendo o apoio da Red Bull, isso não muda o fato de que todos estão bastante preocupados e sabem que precisam colocar Pérez de volta no mesmo ritmo de Verstappen, ou, pelo menos, lutar contra as McLarens. Dessa maneira, a questão que surge é: o que mais o time pode fazer para ajudá-lo?

O diretor técnico da Red Bull, Pierre Wache, conversou exclusivamente com o Motorsport.com e sugeriu que as atualizações de 2024 terão como objetivo adicionar ritmo ao carro, fazendo com que ambos os pilotos consigam ter melhor desempenho em pista.

Ao ser questionado se Pérez tem mais dificuldade do que Verstappen para se adaptar aos carros da Red Bull quando se tornam mais difíceis de guiar, ele respondeu:

"Uma parte da explicação pode ser esta, está correto".

"O que queremos é o carro mais rápido, mas de uma forma que possa ser utilizado pelos pilotos, esse é o objetivo principal".

Sergio Perez, Red Bull Racing, Christian Horner, Team Principal, Red Bull Racing

Sergio Perez, Red Bull Racing, Christian Horner, Team Principal, Red Bull Racing

Photo by: Red Bull Content Pool

"Se tornarmos o carro mais rápido de uma forma que Checo possa usá-lo, isso significa que ambos os pilotos serão capazes de extrair o máximo dele. Mesmo que ambos os pilotos tenham necessidades ou preferências diferentes, os requisitos para o carro ainda são muito semelhantes".

"Fundamentalmente é a mesma coisa. Com certeza pode haver diferenças nos estilos de direção, mas não usaremos o desenvolvimento do carro para isso. Usaremos a configuração do carro".

Wache ainda explicou que a Red Bull notou algumas "tendências" sobre o mau desempenho de Pérez e disse que isso vai muito além do ritmo em relação a Verstappen. Porém, aplicar essas características no simulador para testes é algo extramente difícil.

"Tentamos ver algumas tendências, mas é muito difícil destacá-las porque no ano passado ele também teve dificuldades às vezes, por isso é difícil para nós encontrá-las".

"O principal problema que temos é que tentamos reproduzir o carro e todas essas coisas em simulações, mas isso não significa que simule exatamente o que o carro está fazendo em todas as condições".

"A interação com os pneus é muito difícil de reproduzir, mesmo que tentemos o nosso melhor. Melhorar estas áreas é uma parte importante do nosso processo".

Sergio Perez, Red Bull Racing RB20

Sergio Perez, Red Bull Racing RB20

Photo by: Andy Hone / Motorsport Images

Atualmente, os carros da F1 apresentam a característica de serem bastante próximos ao chão. Desta maneira, a Red Bull acredita que a solução vai muito além de adicionar força descendente, já que é difícil manter o equilíbrio do carro entre as curvas de baixa e alta velocidade.

Wache ainda explicou que essas regulamentações fazem com que seja um risco maior aplicar as atualizações nos monopostos, porque podem ser que deixe mais difícil encontrar o equilíbrio dos carros e, desta maneira, fique mais desconfortável para guiar.

"Isso é apenas um risco com este tipo de regulamentação. É o que vimos de algumas outras equipes também. A Mercedes, por exemplo, disse que o equilíbrio foi um grande problema para eles nos anos anteriores. Até a McLaren tinha isso no início desta temporada".

"O equilíbrio com esses carros é bastante complicado de conseguir, porque se você criar downforce em uma área específica do carro que não pode ser reequilibrada mecanicamente, então será difícil usar esse ganho".

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