Renault afirma que decisão sobre substituto de Ricciardo será tomada apenas durante a temporada
O chefe da equipe confirmou que a decisão sobre o substituto de Ricciardo será tomada com calma e falou sobre o futuro da montadora na F1
Com a movimentação do mercado de pilotos, a Renault está com uma vaga livre para disputar a Fórmula 1 em 2021, já que Daniel Ricciardo assinou com a McLaren, e precisa encontrar um substituto para correr ao lado de Esteban Ocon. Mas, apesar das notícias dos últimos dias, pode levar algum tempo antes do novo nome ser anunciado.
Desde que a saída de Ricciardo foi confirmada, vários nomes foram colocados como possíveis substitutos, incluindo Fernando Alonso, Valtteti Bottas e Sebastian Vettel. Mas a equipe afirmou que não quer tomar uma decisão apressada.
Para o chefe da equipe, Cyril Abiteboul, é essencial que a Renault saiba primeiro o quão competitivo o carro de 2020 antes de tomar uma decisão sobre qual tipo de piloto pretender ter em 2021.
"Nós não tivemos uma corrida, nem uma sessão", disse Abiteboul ao Motorsport.com em uma entrevista exclusiva, parte da série #thinkingforward. "Fizemos apenas a pré-temporada".
"Nossa performance foi encorajadora, mas foi apenas a pré-temporada, então, francamente, não sei o quão competitivo nosso carro é. Temos nossa análise, mas antes de participarmos de uma sessão real, não temos como saber".
"Nossa posição é mais focada em usar o tempo necessário para termos todas as informações, para garantir que vamos tomar a decisão correta, porque provavelmente o piloto que assinar conosco para 2021 também deve assinar para 2022".
Abiteboul também admitiu que ficou 'desapontado' com a saída de Ricciardo da Renault antes que o piloto pudesse ver o progresso da equipe com o carro de 2020, mas sugeriu que a movimentação precoce da McLaren e da Ferrari forçou o australiano a tomar essa decisão.
"Primeiro, é importante lembrar que ainda temos uma temporada juntos, e esperamos ir melhor que a anterior", disse. "Estou desapontado porque não acho que é possível construir algo sem estabilidade. Isso vale para os pilotos, mas acredito que serve para toda a organização".
"Tivemos muitas mudanças no ano passado: 70% dos funcionários viram uma mudança de direção ou de estrutura do departamento. Um novo diretor técnico, um novo chefe de aero, novo diretor de engenharia".
"Tudo isso aconteceu em 12 meses. Eu gostaria de ver o resultado disso, porque isso poderia pesar na mudança de pilotos. E eu fiquei surpreso com a atividade de duas equipes em particular que meio que forçaram Daniel a tomar essa decisão".
"Se nosso carro de 2019 tivesse sido melhor, provavelmente você não estaria me perguntando isso. E sabemos que se tivermos um carro melhor, poderemos atrair qualquer piloto no futuro, então essa é a nossa prioridade".
Daniel Ricciardo, Renault F1 Team R.S.20
Photo by: Glenn Dunbar / Motorsport Images
O futuro da montadora na F1
A pandemia da Covid-19 criou um momento de muita incerteza pelo mundo, e isso também tem afetado a F1, com dúvidas sobre a permanência das montadoras na categoria a curto e a longo prazo. Mas também levou a mudanças no esporte que tem sido bem recebidas.
"É uma grande crise, então é difícil entender qual será o efeito real na economia global, mas tudo está acontecendo", disse Abiteboul. "Conseguimos uma distribuição melhor de dinheiro do fundo de prêmios, diminuição do teto... então isso deve ser bom para nós. Próximo do nosso nível de operação".
"Isso cria um modelo de negócios melhor na minha opinião. Se a condição era boa o suficiente para várias montadoras se unir ao esporte no passado, amanhã será melhor ainda".
Abiteboul também comentou sobre a possibilidade de permanência da Renault na F1.
"Nós estamos presentes na F1 desde os anos 70 e acredito que é importante mantermos nossas raízes. O automobilismo tem um valor único. E é nisso que acreditamos. Correr também é emoção, e a Renault quer emoção. Isso significa muito".
"Por isso que estamos fazendo isso há décadas e temos a intenção de fazer isso por muito tempo".
"Você quer ter uma narrativa clara para explicar ao consumidor por que ele deve ter interesse em sua marca, em seu produto. E eu acho que o que você tem em seu DNA, em sua história e em seu legado conta até mais que outras coisas".
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