Exclusivo: Honda planeja parceria com Aston Martin para F1 2026
Mudança daria à equipe de Lawrence Stroll independência da Mercedes, mas o que implicaria este acordo e quais obstáculos ele deve enfrentar?
Quando a FIA oficializou os nomes dos seis fabricantes de unidades de potência que se inscreveram para fazer parte do regulamento que entrará em vigor em na Fórmula 1 em 2026, apenas um nome surpresa surgiu, o da Honda.
Depois de ter enfrentado o desafio dos híbridos desde 2015, a fabricante nipónica viveu momentos muito difíceis até à sua ressurreição após o acordo com a Red Bull. Uma revanche aproveitada apenas em parte, já que às vésperas do título mundial de 2021 veio a surpreendente notícia da paralisação do programa.
A Honda continuou e continua fornecendo unidades de potência para a equipe de Milton Keynes, bem como para a AlphaTauri, mas o que tornou a política da fabricante japonesa ainda mais inexplicável foi o acordo oficial entre a Red Bull e a Ford.
O resultado é que, até hoje, a presença da Honda no início da temporada de 2026 permanece uma incógnita já que há um ausência de um acordo com alguma equipe. As opções disponíveis não são tantas: a Sauber, que será a Audi, passará de equipe cliente para equipe oficial, o que deixa Williams, McLaren e Aston Martin como possíveis oportunidades.
Fernando Alonso, Aston Martin AMR23
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
Segundo informações apuradas pelo Motorsport.com, a alta gerência da Honda está atualmente se movendo em apenas uma direção, que é a Aston Martin. Não é nenhum mistério que as ambições do proprietário da equipe, Lawrence Stroll, são de levar o time à disputa do título mundial, e o negócio da Mercedes, que se mostrou vital para o crescimento da equipe, pode se tornar uma restrição a longo prazo. É difícil para uma equipe de clientes vencer sua equipe de fábrica, especialmente se, como é atualmente o caso, ela usa toda a traseira do carro.
Com isto em mente, a possibilidade de um acordo exclusivo com a Honda é tudo menos uma jogada arriscada para a Aston Martin. Já existe um mecanismo para facilitar as conversações iniciais, e é Martin Whitmarsh, agora diretor executivo da Aston e ex-diretor da McLaren, que estava no comando quando a equipe baseada em Woking fez o acordo com a Honda.
Lawrence Stroll
Photo by: Erik Junius
Existem vários aspectos envolvidos que podem tornar a negociação menos tranquila do que o esperado, mas nenhum em si parece intransponível. Lawrence Stroll possui propriedade total da equipe de Fórmula 1, bem como uma participação significativa - embora não majoritária - na holding Aston Martin Lagonda, que fabrica os carros de rua.
Os acionistas também incluem a própria fabricante Mercedes e, obviamente, uma mudança para a Honda no programa de F1, embora seja realmente um contexto isolado da fabricante, poderia criar alguma tensão.
Não se trata, porém, de um vínculo indissolúvel entre a equipe de Fórmula 1 e a empresa-mãe, mas sim de um acordo celebrado por Stroll após a compra da Racing Point para dar à equipe uma imagem nova. Um passo importante na época que perde relevância diante de um acordo com uma montadora oficial como a Honda.
Para a Aston Martin, o cenário de um acordo com a fabricante japonesa significaria vários novos desafios, a começar pela independência, que hoje é compensada pelo acordo com a Mercedes.
Isso significa montar seu próprio túnel de vento (atualmente ainda é utilizado o túnel de vento de Brackley) e construir independentemente a caixa de câmbio e a traseira do carro, que hoje vem da Mercedes junto com a unidade de potência. E dadas as ambições do Stroll sr., o cenário não é de modo algum improvável.
Galvão Bueno tem projeto para voltar a narrar F1; saiba mais no vídeo:
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