A McLaren tentou participar das 500 Milhas de Indianápolis no ano passado, com Fernando Alonso, decidindo executar seu próprio programa em uma pequena aliança com a Carlin, em vez de repetir a parceria que teve com a Andretti Autosport em 2017.
McLaren e Alonso tiveram dificuldades com ritmo durante a semana de treinos, e o espanhol não se classificou para a corrida.
Falando na Autosport International 2020, o CEO da McLaren, Zak Brown, classificou o programa de "fiasco" e disse que não poderia se esconder dos erros cometidos na preparação, que incluíam um volante que faltou no primeiro teste da McLaren no Texas e uma confusão sobre medições e métricas.
Perguntado sobre como teve que lidar com a direção da McLaren, Brown disse: "Os proprietários são impressionantes, começando com Mansour Ojjeh (acionista da McLaren), que é uma lenda do esporte. E sim, eles me deram carta branca.”
"Sou um grande comunicador, por isso não vou surpreendê-los. Então, com isso, acho que há um nível muito alto de confiança e, portanto, eles me deixaram continuar.”
"Quando fizemos Indianápolis em 2017, foi uma loucura a ideia, quando recebi o apoio deles muito rapidamente. E mesmo depois do fiasco do ano passado, eles disseram: 'Você ganha alguns, perde outras'."
"Você não pode se esconder disso. Mas o que você precisa fazer é aprender com seus erros e definitivamente não cometer o segundo. Porque eu diria que alguns dos erros que cometi foram muito estúpidos, e olhando para trás, no que eu poderia ter feito de diferente, é isso que vamos fazer este ano, é fazer as coisas de maneira diferente.”
"Mas, apesar de tudo isso, de um lado para o outro, os chefes são excelentes e eles me deram a tarefa de levar a McLaren de volta à frente.”
A McLaren fez parceria com a Schmidt Peterson Motorsport e disputará uma temporada completa como Arrow McLaren SP na IndyCar, cuja compra foi concluída pela Penske Corporation no início desta semana.
Brown disse que o lendário Roger Penske, que controla sua equipe de mesmo nome e a Penske Corporation, seria "o número 1 na minha lista, como um indivíduo de qualidade que fortalece sua organização."
"Tive a sorte de ter trabalhado com a maioria das equipes de Fórmula 1 e da IndyCar, e desde cedo eu sempre pensei: 'O que Roger Penske faria? '"disse Brown.
"Se você mantiver os olhos abertos, conseguir alguns exemplos e depois ver o que as pessoas fazem, poderá aprender muito com aqueles que foram antes de você e tiveram muito sucesso.”
"Ele usou as corridas para construir seus negócios, ele usou os negócios para construir suas corridas. Sou um dos maiores fãs de Roger."
Relembre o ano de 2019 de Fernando Alonso, inclusive a ausência na Indy 500
O time do Cadillac #10, formado por Renger Van Der Zande, Jordan Taylor, Fernando Alonso e Kamui Kobayashi, se classificou na sexta posição para o grid de largada.
Em seu primeiro turno de pilotagem, Alonso assumiu o carro na quinta posição e superou um a um os adversários para assumir a liderança e ainda abrir 21s de vantagem para o Konica Minolta Cadillac #10
Sob forte chuva, o espanhol acelerou para retomar a liderança da prova em seu segundo turno ao volante do Cadillac #10. Ele ainda abriu 55s de vantagem para o segundo colocado.
Em seu terceiro e último turno, Alonso assumiu o volante na segunda posição e se aproveitou de um erro de Felipe Nasr para retomar a ponta e cruzar a bandeirada em primeiro.
Foi a primeira vitória do Príncipe das Astúrias em Daytona. Em 2018 ele havia abandonado a corrida com problemas mecânicos depois de largar na 13ª posição.
Em fevereiro a McLaren anunciou que o espanhol assumiria um cargo de embaixador da marca e que testaria o carro de 2019 em algum momento da temporada
Em abril, Alonso assumiu o volante do carro da equipe de Woking e apoiou o time nos testes de pneus da Pirelli
O espanhol deu 64 voltas no primeiro dia de treinos e mais 69 no segundo, acumulando quilometragem e ajudando a equipe a compreender melhor a próxima geração de pneus da marca italiana.
Como o objetivo da equipe avaliar os novos compostos, os tempos de volta foram considerados pouco relevantes.
Depois da experiência, o espanhol afirmou que se considerava o melhor piloto do mundo.
Em 2018 os pilotos do carro #8 da Toyota, Fernando Alonso, Kazuki Nakajima e Sebastien Buemi já haviam conquistado vitórias em Spa e Le Mans, além de dois segundos lugares, no Japão e na China. Em Sebring, largaram na pole.
E os pilotos do carro #8 não deram margem aos rivais e venceram a corrida em Sebring, em março.
Na corrida seguinte, o trio de Alonso, Buemi e Nakagima voltou a vencer, desta vez nas 6 Horas de Spa.
Foi a segunda vitória consecutiva de Alonso e seus companheiros no circuito Belga.
Poucos dias antes da vitória, Alonso e Toyota confirmaram que o piloto deixaria a equipe após o término da temporada.
Alonso e seus companheiros chegaram à etapa final do campeonato, em Le Mans, com situação confortável na briga pelo título.
Por já ter vencido a prova em 2018, Alonso afirmou que a prioridade seria garantir o título ao invés de brigar pela vitória.
Depois de partir da segunda posição, o trio formado por Alonso, Buemi e Nakajima conseguiu superar os rivais da Toyota nas últimas horas da prova para garantir a segunda vitória consecutiva na lendária prova.
Com a segunda vitória em La Sarhte, o espanhol se tornou o primeiro piloto na história a vencer duas vezes em Mônaco e em Le mans, superando Tazio Nuvolari, Bruce McLaren e Jochen Rindt e Maurice Trintignant.
Com duas vitórias em cada uma das provas lendárias da Eurpa, Alonso precisa 'apenas' de uma vitória na Indy500 para se tornar o segundo piloto na história a conquistar a tríplice coroa, feito alcançado apenas por Graham Hill entre 1963 e 1972.
Em 2017, Fernando Alonso chegou a liderar as 500 milhas de Indianápolis, mas su motor Honda falhou e ele abandonou a prova. Mesmo assim, ele foi premiado como melhor novato da corrida.
Em sua segunda tentativa, a McLaren fez uma parceria com a Carlin e construiu um carro exclusivamente para que Alonso competisse na prova.
No entanto, após um acidente nos treinos livres em Indianápolis, a equipe teve problemas de logística e não conseguiu entregar um novo volante a tempo para o espanhol e acumulou diversos problemas.
Somando-se às falhas da McLaren, Alonso não foi rápido o suficiente para se classificar entre os 30 melhores que garantiram acesso direto à corrida e precisou disputar uma espécie de repescagem, na qual também saiu derrotado, o que resultou na não participação do espanhol na corrida.
Após o fracasso de piloto e equipe, Gil de Ferran, diretor esportivo da McLaren, pediu desculpas ao espanhol pelas trapalhadas da equipe em Indianápolis.
Mas 2019 não se resumiu à corridas no asfalto. Alonso começou em março uma série de testes com a Toyota, de olho em uma participação no Rally Dakar de 2020.
Após a primeira experiência, Alonso disse ter gostado de pilotar um carro de rali.
Apoiado pela fabricante japonesa, Alonso afirmou que todas as experiências fora da F1 eram mais do que apenas diversão.
Depois das primeiras impressões positivas de Alonso, a Toyota elaborou um plano de testes e competições para o espanhol se preparar para Dakar.
Um momento de grande 'tensão' para o espanhol foi sua experiência com as dunas do Namíbia, onde disse ter ficado chocado com o tamanho do desafio.
Depois da experiência no Namíbia, o espanhol participou de sua primeira prova, a Lichtenberg 400, na África do Sul, onde completou a prova, mas não foi classificado por ter perdido muito tempo após capotar e danificar seu para-brisa.
Em Lichtenberg, Alonso formou dupla com Marc Coma, pentacampeão do Dakar como piloto de motos. Espanhol, Coma será co-piloto do asturiano.
Em seguida, a dupla Alonso-Coma participou do Rally do Marrocos. No primeiro dia, o Toyota dos espanhóis sofreu com furos nos pneus e ficou para trás. Na sequência, entraram no top-10, mas o terceiro dia foi o pior, com a dupla precisando abandonar.
No último evento de preparação antes do Dakar, na Arábia Saudita, Alonso e Comas chegaram ao pódio pela primeira vez, comum terceiro lugar no rally Al Ula-Neom. A evolução do espanhol surpreendeu o experiente time da Toyota, que ficou empolgada para a lendária prova.
Dias depois de chegar em terceiro na Arábia Saudita, Alonso participou de evento promocional da Toyota na Argentina, onde a marca japonesa oficializou sua participação na Stock Car 2020.
Alonso guiou o carro da Toyota do Super TC 2000, competição argentina similar à Stock Car. Uma das celebridades a dar voltas ao lado do espanhol, foi Matías Rossi, astro da categoria que estará na Stock Car em 2020.
Alonso deu várias voltas com o carro da Toyota no circuito argentino e impressionou por sua velocidade com o carro que havia acabado de conhecer.
Em entrevista ao Motorsport.com, Alonso disse que não descarta participar de corridas da Stock Car no futuro, apontando conhecer a categoria através de Rubens Barrichello e Nelsinho Piquet.
Na esteira da declaração de Alonso, o chefe da Stock Car, Carlos Col, afirmou que a categoria tem interesse em trazer o espanhol para a corrida de duplas, que voltará a fazer parte do calendário da categoria em 2020.